O movimento grevista deflagrado na última terça-feira, 21, pelo Sindicato dos Urbanitários (Sindur) na Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) não exige apenas o reajuste de 9,8% nos supersalários, mas a manutenção de várias regalias aos 670 empregados garantidas no último acordo coletivo. Os sindicalistas escondem algumas informações da população, mas os celetistas da estatal tem direito a 1% de aumento no mês de aniversário de admissão retroativo ao ano de 2010. Daquele ano até 2016, foram 6% acrescidos aos salários de cada um dos trabalhadores.
A Caerd também é obrigada a conceder R$ 696,25 para o auxílio alimentação, totalizando por mês R$ 418.917,50. No final do ano, além do pagamento normal do auxílio, cada um tem direito a um extra de R$ 696,25 para compra de uma cesta natalina, conforme o Parágrafo Único da Cláusula Décima Primeira do acordo coletivo. Diferente dos demais servidores do estado, os trabalhadores da Caerd também tem direito a 43,06% do piso salarial da empresa para ajudar o custeio dos filhos de 4 a 14 anos na escola. O empregado que tiver a guarda de filhos menores também tem direito a uma ajuda extra de R$ 254,41 para pagamento de creche. E finalmente, o Sindur também exige a manutenção e aumento do auxílio que varia de R$ 174,14 a R$ 624,01 para que cada um dos empregados tenha um plano particular de saúde.
Na última folha de maio, diferente da nota oficial enviada pelo Sindur, os salários de alguns servidores celetistas alcançaram valores de R$ 7 mil, R$ 8 mil, R$ 14 mil, R$ 13 mil, R$ 8 mil e R$ 6 mil. Além dos mais variados tipos de auxílio, algo inimaginável para algumas categorias, o sindicato pressiona a direção da Caerd para aumentar mais 9,8% os supersalários, aumentando ainda mais a sangria na empresa estatal.
Fonte: Rondoniagora