Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, e todos os demais profissionais que estão diretamente ligados ao tratamento dos pacientes com covid-19 vivem a mais de um ano a batalha para salvar vidas em meio pandemia do coronavírus. No Dia do Trabalhador, o Governo de Rondônia homenageia e ressalta o trabalho destes profissionais devido ao intenso esforço de atuarem na linha de frente desta pandemia.
A diretora assistencial do Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro e enfermeira, Patrícia Oliveira da Silva Queiroz, relata que a pandemia mudou toda a rotina de vida e no ambiente de trabalho. ‘‘Esse vírus desconhecido, no princípio, nos trouxe muito medo, havia muitas notícias falsas que causavam angústia no ambiente hospitalar. Tivemos que fazer várias adaptações e fortalecer o trabalho em equipe. Enfrentar esse vírus não é uma tarefa fácil’’, avalia.
Patrícia conta que a pandemia fez os profissionais de saúde lidarem mais de perto com o luto. Uma das situações mais marcantes para ela foi quando uma colega enfermeira perdeu a mãe e em dez dias depois, o pai, para o vírus. ‘‘Ela se sentiu impotente diante da situação, e é uma dor que toda equipe vivenciou junto, o que gerou medo e potencializou nosso desejo de cuidar dos entes de outras pessoas ’’, revela complementando que diante de tantos desafios, a motivação para os dias de trabalho vem exatamente dessa atitude nobre e extremamente humanitária.
‘‘Lutar pela vida das pessoas é a nossa motivação. Estamos cuidando do amor de alguém, por isso não desistimos do nosso compromisso de cuidar das vidas de maneira ética e segura’’, garante.
Patrícia escolheu a profissão ainda criança ao observar a avó que, mesmo não sendo profissional de saúde, gostava de cuidar de pessoas adoecidas. ‘‘Aquilo me inspirou a estudar e me colocar à disposição do outro. Como enfermeira, temos que ter muita empatia, muito amor ao próximo e fazer uso da ciência para prover esse cuidado de forma sistematizada, ética, segura e acima de tudo com humanização’’, conta.
‘‘A pandemia também trouxe um grande impacto na minha vida em relação ao aspecto da solidão dos pacientes, pois diante das restrições, os profissionais de saúde tornaram-se os únicos contatos dos pacientes, isso fortaleceu o elo, e se tornou o único contato que a família tinha”, conta a enfermeira.
A diretora do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Raquel Gil, reforçou que devido os pacientes com covid-19 demandarem muitos cuidados a missão profissional de cuidar das pessoas foi ressaltada. ‘‘É muito gratificante saber que podemos mudar a vida de alguém a partir do nosso trabalho. Na direção, nos empenhamos em organizar o serviço para que seja o mais acolhedor possível, ofertando leitos para ajudar a cuidar dos doentes e criando um ambiente seguro com a disponibilização de equipamentos de segurança e treinamento para uso adequado dos mesmos, motivando os servidores a se proteger’’, garante.
Patrícia conta que os protocolos adotados na rede estadual de saúde fizeram com que os profissionais fossem afastando pouco a pouco a ideia do caos instaurado no primeiro momento diante das notícias veiculadas sobre o então desconhecido vírus. ‘‘Além do uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento, seguimos a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) voltada aos cuidados do pacientes, obedecemos os fluxos criados, participamos de treinamentos e estamos no dia a dia paramentados, tendo todo o cuidado possível para não se contaminar e contribuir com disseminação do vírus’’, assegura.
A diretora Raquel explicou ainda que o HB é um hospital de referência no Estado quanto ao atendimento de gestantes de alto risco com covid-19. ‘‘Adaptamos uma UTI e mudamos a estrutura do hospital. Temos leitos para pacientes com covid-19 em UTI adulto, neonatal, clínico e de maternidade’’. Ela ainda parabenizou o Governo, que por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) contratou mais profissionais da saúde. ”Temos orgulho de somar com essa grande força tarefa”.
Assim como os profissionais de saúde, o Governo do Estado reconhece a importância de cada profissional como bombeiros, policiais, professores, comerciantes, produtores rurais, músicos, motoristas, cuidadores de idosos, veterinários, arquitetos, engenheiros, analistas de sistemas, assistentes sociais, frentistas, bancários, taxistas, jornalistas, trabalhadores da construção civil e indústria, garis, entre outros, que tem com dedicação contribuído para o desenvolvimento de Rondônia.
Fonte:SECOM