Completando 101 anos nesta sexta-feira (2), o município de Porto Velho tem histórico de formação que se confunde com a assinatura do Tratado de Petrópolis e a navegação pelo Rio Madeira. Ainda em 1873, o imperador Dom Pedro II assinou decreto autorizando navios mercantes de todas as nações amigas a trafegarem pelos rios amazônicos.
Esta região teve, ao longo dos anos, muitos embarcadouros, como em Santo Antônio, por onde os donos de seringais embarcavam sua produção e recebiam os aviamentos para a manutenção dos seringueiros. Mais tarde, com a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), um porto foi construído para o desembarque dos equipamentos e materiais usados na ferrovia, sendo o ponto de partida no que mais tarde se tornou a capital do Estado de Rondônia.
Um pouco mais acima no Rio Madeira, um embarcadouro passou a ser usado pelos ribeirinhos, o local que atualmente é conhecido como o Porto do Cai n’Água, classificado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) como Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4), administrado pela prefeitura de Porto Velho.
Essa estrutura serviu como base para a construção da EFMM, abastecimento da cidade, que se formou no seu entorno e transformação social, impulsionando o crescimento da região até a década de 1970. Quando o Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis (DNPV) iniciou a construção de novas estruturas portuárias na cidade de Porto Velho, que mais tarde, com a extinta Empresa de Portos do Brasil (Portobras), tornou-se o Porto Organizado de Porto Velho, administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), empresa pública do Governo do Estado de Rondônia.
Para o diretor presidente da Soph, Leudo Buriti, a capital de Rondônia não pode ser pensada sem lembrar do Rio Madeira e do porto, uma vez que o desenvolvimento de ambos está entrelaçado. “Hoje, Porto Velho caminha para se tornar uma cidade detentora de um grande complexo portuário, gerando mão de obra, riqueza e renda para o município. Contraditório ao cenário nacional de crise econômica, Rondônia vivencia uma projeção fantástica para estabelecer o desenvolvimento do estado através da viabilização do transporte da própria produção agrícola e pecuária, e também visa atender ao Mato Grosso e Acre”, afirma Buriti. Fonte:DECOM