Homem é preso no DF após chamar influenciador digital de “viadinho”, porém após pagar fiança, foi liberado
Às vezes parece que andamos para trás! No último dia 28 de junho, foi comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e outras classificações de orientação sexual). Data esta que é celebrada no mundo todo, e tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual.
Porém, em pleno século 21, ainda vivemos vários momentos desagradáveis de homofobia. Exemplo disso, foi na manhã do último domingo, dia 04 de julho, quando o influenciador digital Diego Pereira de Sousa, mas conhecido como Diego Pupe (19 anos), foi vítima de homofobia no portão do próprio condomínio onde mora, na região da Vila Planalto às margens do Lago Paranoá, em DF.
O ataque ocorreu quando Diego estava chegando em casa acompanhado de uma amiga, na portaria do Condomínio Lake Side. Inicialmente, um homem que chegava ao mesmo tempo que eles, tinha pedido para acompanhar a mulher até em casa. Depois que eles disseram que não era necessário, o visitante se irritou, e chamou Diego de “viadinho”, sem que a vítima tenha feito qualquer tipo de provocação ao agressor.
Diego, então, se defendeu contra as ofensas, o que gerou uma discussão na qual ele foi empurrado pelo agressor. Diante do ataque homofóbico, ele chamou a polícia, o que levou o visitante a tentar fugir.
Influencer Diego Pupe – Foto: Acervo Pessoal
O agressor chegou a chamar três motoristas por aplicativo para escapar antes da chegada da PM. Nesse momento, a vítima, com apoio do segurança do condomínio, conseguiram conversar com os condutores, impediram a fuga do homem que, cerca de 1h30 depois, acabou preso em flagrante.
“Moro aqui há três anos, e é a primeira vez que sofro um ataque homofóbico assim. Foi muito feio, e ele ainda tentou fugir. Fui vítima de homofobia e é preciso que se faça justiça nesse caso”, comentou Diego.
“Eu explicava na portaria que ele estava tentando fugir de um crime e isso poderia dar consequências para o próprio motorista. Dessa forma, eles cancelavam”, explica.
O caso foi parar na 5a Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal (Plano Piloto). Ruy de Sousa Mattos, após a prisão em flagrante, pagou fiança e foi liberado, mas vai responder pelo crime de injúria por orientação sexual, cuja pena varia entre 1 a 3 anos de prisão, além de multa.