A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta terça-feira (31/8), a criação da “bandeira de escassez hídrica”. O novo valor da taxa adicional cobrada na tarifa de energia passará de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 14,20. Com isso, a conta de luz pesará mais no bolso do consumidor, sofrendo um aumento de 6,78%.
A nova bandeira entra em vigência a partir desta quarta-feira (1º/9) e tem duração até 30 de abril de 2022.
Até então, a bandeira vermelha patamar 2 era a mais cara do sistema. Em vigor desde junho, a tarifa já tinha acréscimo de R$ 9,49 a cada kWh na conta mensal. Agora, a nova bandeira aumentará 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2.
Mudança de cenário
O reajuste anunciado nesta terça é o segundo do ano. De janeiro a abril, vigorou a bandeira amarela no país, com custo de R$ 1,343 para cada 100 kWh. Em maio, entretanto, o cenário começou a mudar e passou a valer a bandeira vermelha patamar 1, com custo de R$ 4,169 para cada 100 kWh.
A piora da situação hídrica no país, em junho, obrigou que fosse acionada a bandeira vermelha patamar 2, ao custo de R$ 6,243 para cada 100 kWh. Em julho e agosto foi mantida a mesma tarifa, mas com reajuste de R$ 9,49.
A razão para a disparada é a seca nas principais bacias hidrográficas que abastecem o país, devido a um baixo volume de chuvas na região dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia no Brasil.
Por esse motivo, a possibilidade de um racionamento de energia fica cada vez mais forte.
Fonte:Metrópoles