Em parceria com o movimento Mães Coragem Indesistíveis e Fábio Roberto, do Direitos Humanos em Conexão com Você, o projeto Juntos pela Inclusão Social dá os seus primeiros passos na capital de RO
Aconteceu nesta segunda-feira, dia 1º de fevereiro, a roda de conversa entre a diretora do projeto Juntos pela Inclusão Social, Flávia Albaine em parceria com o movimento Mães Coragem Indesistíveis, de Porto Velho (RO).
Juntamente a Fábio Roberto, outro nome de peso na luta dos direitos humanos, algumas representantes estiveram presentes no evento que aconteceu de forma online, para que, unidos, pudessem compreender o cenário em que se encontra a capital de Rondônia diante da inclusão social.
“O mais importante é conversar com quem vive essa luta no dia a dia, para avaliarmos as lacunas em aberto e como podemos começar a preenchê-las”, conta Flávia.
O movimento Mães Coragem Indesistíveis está prestes a completar sete anos de existência e hoje soma 481 mulheres em sete municípios de Rondônia, entre eles Porto velho, Ariquemes, Jaru, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cacoal e Presidente Médici.
“Juntamente à Flávia e o Fábio esperamos trazer para as pessoas com deficiência e suas mães mudanças e transformações de uma sociedade que, ainda capacitista, temam em deixar esse público na margem da invisibilidade. É necessário desconstruir esse preconceito que coloca as pessoas com deficiência e suas mães no lugar da incapacidade e inferioridade. Juntos, podemos oferecer conhecimentos de transformação”, ressalta Flaviana Tertuliana, uma das representantes do Mães Coragem Indesistíveis.
O pontapé inicial do Juntos pela Inclusão Social
Segundo Flávia, as primeiras coisas que essas mães precisam são acolhimento, serem ouvidas e apoiadas. E o projeto Juntos pela Inclusão Social está em Porto Velho para isso.
De acordo com Flaviana, o trabalho do movimento nos sete municípios de Rondônia é o de oferecer a essas mães uma rede de apoio, onde as mães que estão preparadas ofereçam esse trabalho às que ainda se encontra fragilizadas.
“O trabalho do movimento é voltado para essas mulheres que, ao receberem a maternidade atípica, anulam as mulheres que são. Trazer de volta essa conexão com elas faz a mãe estar mais forte para administrar todas essas situações que vivem. Nós somos o primeiro Estado a ter a lei da ‘Mãe Atípica’, onde é necessário que os nossos governantes iniciem o trabalho, que é o de oferecer a essas mulheres a rede de apoio que elas precisam”, pontua Tertuliana.
Como é ser uma mãe atípica no Brasil?
Falar sobre a vida e necessidades das pessoas com deficiência e suas mães ou cuidadores é um tema bastante complexo.
“Podemos afirmar que em todas as áreas existem problemas sérios, que poderiam já ter sido solucionados, afinal, há décadas existem essas lutas e discussões sobre o tema”, lembra Flaviana.
Para ela, há algumas prioridades listadas nesse contexto, entre elas saúde, educação e assistência social.
‘Se esses três pilares conversarem entre si e andarem juntos, poderão solucionar inúmeras situações, que tiram essas pessoas ‘do ter direito’ para receber apenas o que acham que é suficiente para eles. Planejamos fazer essa caminhada, traçando metas para chegar ao objetivo, que é o de oferecer, de fato e de direito a essas pessoas, qualidade de vida, avançar nas políticas públicas para as pessoas com deficiência e a efetivação dos seus direitos”, finaliza.