A taxa de inadimplência no ensino superior privado brasileiro cresceu em 2015 e atingiu seu pior resultado desde 2010. O setor registrou uma taxa de 8,8% de atrasos com mais de 90 dias.
Os dados são da pesquisa anual do Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior), divulgada nesta segunda (11). Com relação a 2014, a taxa de inadimplência aumentou 12,9%.
Apesar de aumento no atraso de pagamentos no ensino superior, a inadimplência total das pessoas físicas no Brasil se manteve praticamente estável no mesmo período. Crise econômica e política, aumento na taxa de desemprego e as reduções no número de contratos do Fies (Financiamento Estudantil) são fatores que colaboraram para o resultado, segundo a pesquisa.
Nos últimos cinco anos, só em 2010 a inadimplência foi maior (de 9,6%). A queda no indicador daquele ano até 2014 coincide com a explosão no número de contratos do Fies. No fim de 2014, o governo federal passou a restringir o acesso ao programa como forma de redução de gastos.
A pesquisa do Semesp mostra que as instituições de pequeno porte, com até 2.000 alunos, foram as que mais sofrem com a situação. O índice de inadimplência (com mais de 90 dias de atraso) nesse grupo de instituições foi de 10,4% em 2015 (contra 9,3% em 2014).
Fonte:Folha de São Paulo