A Justiça do Paraná aceitou a denúncia contra o ex-BBB Laércio de Moura, que está preso desde maio. Dessa forma, ele passa a ser réu em um processo pelos crimes de estupro de vulnerável, fornecimento e tráfico de drogas.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná, a denúncia foi aceita pela Justiça no dia 13 de junho, cerca de uma semana após o órgão oferecer a denúncia. O processo está em segredo de Justiça. No que se refere aos crimes de estupro, o ex-BBB foi denunciado por dois estupros em uma mesma vítima e uma tentativa de estupro de uma segunda vítima.
Ao UOL, o advogado de Laércio, Ronaldo Manoel Santiago, afirmou que ainda não há previsão de data para a primeira audiência do caso. Segundo ele, Laércio está tranquilo: “Ele tem certeza da inocência dele, só está chateado por permanecer preso”.
Laércio foi preso em Curitiba, no dia 16 de maio, sob suspeita de ter cometido estupro de vulnerável e de oferecer bebida alcoólica a menores. A prisão foi fruto de uma ação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Laércio foi preso em seu apartamento, no bairro do Batel, e não resistiu.
Em depoimento, o designer de tatuagens negou as acusações.
Vítima
A partir de depoimentos de testemunhas, a delegada titular do Nucria, Daniela Andrade, chegou a uma vítima de Laércio. A adolescente se relacionou com o ex-BBB em 2012, quando ela tinha apenas 13 anos e ele, 49.
A menor, que hoje tem 17 anos, confirmou o relacionamento, contou que Laércio fornecia bebidas alcoólicas para ela e cedeu prints de conversas dos dois. A família da jovem não sabia do envolvimento.
Acusação de pedofilia no “BBB”
Desde que Laércio foi anunciado como participante do “BBB16”, surgiram nas redes sociais várias denúncias de que ele se envolvia em sexo com meninas menores de idade e oferecia álcool a elas.
Dentro do programa, a participação do designer de tatuagens foi polêmica. Ana Paula brigou com ele e o acusou de ser pedófilo, por ele ter ter feito gestos obscenos direcionados às mulheres da casa e por ter encarado fixamente Munik, de 19 anos, enquanto ela dançava em uma das festas. O brother também disse no reality que gosta de “novinhas” e admitiu ter vivido um “triângulo amoroso” com meninas de 19 e 17 anos.
Mesmo depois de ter sido aconselhada a se desculpar com o brother, Ana Paula reiterou sua opinião e disse que, para ela, quem mantém relações sexuais com menores de idade é pedófilo. A jornalista e o designer se enfrentaram no paredão e ele acabou eliminado, com 54% dos votos.
Após deixar o confinamento, o curitibano chegou a declarar que cogitava processar a mineira por conta da acusação, mas parece que não levou a ideia adiante. Um dia depois de o “BBB16” chegar ao fim, Ana Paula disse que ainda “estava esperando” o processo do colega.
Seu perfil no Facebook também causou controvérsia. Em um post, que circulou na internet, o curitibano se definia como “efebófilo”, uma pessoa que sente atração sexual por adolescentes. O perfil acabou desativado enquanto ele ainda estava no programa.
Fonte:UOL