Atuando no mercado imobiliário já há mais de 12 anos, coleciono diversas experiências nos processos que envolvem a venda de um imóvel. Algumas positivas, outras que não obtive êxito, tudo isso faz parte nessa árdua e difícil profissão. Mais o que importa é que sou apaixonado por essa profissão, pois tenho a oportunidade de fazer parte na maioria das vezes da realização de um sonho, de uma pessoa, ou até mesmo de uma família. Cada dia uma história, um sonho de se começar uma família, em outras situações, o projeto de se alcançar independência financeira, a mudança de cidade e assim vai… E muitas vezes preciso me posicionar considerando a realidade de nossa economia nos dias atuais. Em minha primeira experiência como colunista, espero assim contribuir de alguma forma e levá-lo a uma análise mais ampla sobre o mercado imobiliário e seus agentes influenciadores. O que vemos hoje em nossa realidade, é que o cenário econômico não só de nossa região, mais de nosso país não tem sido favorável em diversos setores, desta maneira o mercado imobiliário não foge desta realidade. Mais acredito que o momento requer primeiramente consciência de que o cenário mudou. Não é o momento de espalharmos o pessimismo, e sim se tomar uma atitude oposta à situação. Pois é exatamente em momentos de turbulência e dificuldades que os “profissionais” do mercado precisam repensar suas práticas e mesmices, no intuito de se superar toda e qualquer situação. Afinal, em momentos de crise para alguns, é momento de oportunidade para outros.
E um fator que é primordial em todo esse processo que precisa ser acima de tudo avaliado e ter uma fundamentação, não é nada mais que as informações a serem transmitidas. Gosto sempre de sempre dizer o seguinte; em uma relação de venda, eu não vendo o imóvel, e sim a informação sobre o mesmo. E hoje em dia as informações estão cada vez mais dinâmicas claras e objetivas. O cliente em potencial para compra de uma casa pronta, por exemplo, sabe exatamente o custo da obra, desde sua projeção e regulamentação, até a conclusão da obra. Foi-se aquele tempo onde se pedia um valor exorbitante muito além da realidade, e que se conseguia por falta de opção no mercado, isso é coisa do passado não existe mais.
Não é difícil de encontrar pessoas em busca de orientação, e que na maioria das vezes não tem noção do que estão falando, se agregam valores irreais, uma valorização crescente é o reflexo de uma economia aquecida. É preciso considerar que assim como um automóvel, por exemplo, que se desvaloriza com a chegada do modelo do ano, seu tempo de uso e estado de conservação, um imóvel também fica ultrapassado e obsoleto, não com a mesma rapidez da depreciação de um automóvel. A primeira pergunta e análise que um proprietário pode fazer primeiro é; Como comprador eu teria interesse e coragem para pagar tal valor? Qual é o resultado que essa compra pode proporcionar? Apenas a satisfação em morar em uma localização privilegiada, um bom retorno de valor em aluguel. Definitivamente as pessoas querem mais que isso, as pessoas querem comprometimento, transparência, e confiança. Afinal antes da concretização de uma compra ou venda, é preciso entender que essa relação cliente-consultor é fundamental, e que se desenvolva um relacionamento com profissionalismo, equilibrado e racional.
Vagner Lopes dos Santos, Consultor Imobiliário, CRECI 0826, Perito Avaliador CNAI 04393.
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