A taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2022 foi de 8,7%, recuando 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o segundo trimestre de 2022 (9,3%) e caindo 3,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (12,6%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em seis das 27 unidades da federação, mantendo-se estável nas outras 21. Houve queda da taxa de desocupação em todas as regiões na comparação com o trimestre anterior. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (12,0%), e o Sul, a menor (5,2%).
As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (15,1%), Pernambuco (13,9%) e Rio de Janeiro (12,3%), e as menores, de Rondônia (3,9%), Mato Grosso (3,8%) e Santa Catarina (3,8%).
A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 11,0% para as mulheres no terceiro trimestre de 2022. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,7%) para os brancos (6,8%) e acima para os pretos (11,1%) e pardos (10,0%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 9,1%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).
No terceiro trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 20,1%. Piauí (40,6%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (36,1%) e Bahia (33,7%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (6,8%), Rondônia (9,1%) e Mato Grosso (10,5%).
O número de desalentados no terceiro trimestre de 2022 foi de 4,3 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (602 mil desalentados).
O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no terceiro tri de 2022 foi de 3,8%. Alagoas (17,3%) e Piauí (13,3%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,5%) e Rondônia (1,2%), os menores.
No terceiro trimestre de 2022, no Brasil, 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano, 11,7% de um ano a menos de dois anos e 27,2% (ou 2,6 milhões de pessoas) há dois anos ou mais.
O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3%. O Norte (57,7%) e o Nordeste (57,3%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões, enquanto o Sul (82,7%) apresentou o maior patamar entre elas.
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,9%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,4%), Amapá (34,7%) e Amazonas (32,4%) e os menores, de Goiás (23,2%), Mato Grosso do Sul (22,0%) e Distrito Federal (21,1%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,4% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%) e as menores, com São Paulo (30,6%), Distrito Federal (29,8%) e Santa Catarina (25,9%).
O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.737, crescendo frente ao segundo tri de 2022 (R$ 2.640) e ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.670). Frente ao segundo trimestre de 2022, houve aumento em todas as regiões. Já em relação ao terceiro trimestre de 2021, houve expansão do rendimento no Sul e Centro-Oeste, enquanto as demais regiões permaneceram estáveis.
Taxa de desocupação recua em seis UFs e fica estável nas outras 21
Frente ao 2º trimestre de 2022, a taxa de desocupação caiu em seis unidades da federação e ficou estável nas demais UFs. Destaque para o Acre, que saiu de 11,9% para 10,1%; Ceará (de 10,4% para 8,6%) e Rondônia (5,8% para 3,9%).
Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) – 3° trimestre de 2022
UF
2T 2022
3T 2022
situação
Bahia
15,5
15,1
⇥
Pernambuco
13,6
13,9
⇥
Rio de Janeiro
12,6
12,3
⇥
Sergipe
12,7
12,1
⇥
Distrito Federal
11,5
10,9
⇥
Paraíba
12,2
10,9
⇥
Amapá
11,4
10,8
⇥
Rio Grande do Norte
12,0
10,5
⇥
Alagoas
11,1
10,1
⇥
Amazonas
10,4
9,4
⇥
Piauí
9,4
9,2
⇥
Pará
9,1
8,8
⇥
São Paulo
9,2
8,6
⇥
Espírito Santo
8,0
7,3
⇥
Goiás
6,8
6,1
⇥
Rio Grande do Sul
6,3
6,0
⇥
Tocantins
5,5
5,6
⇥
Mato Grosso do Sul
5,2
5,1
⇥
Roraima
6,2
4,9
⇥
Mato Grosso
4,4
3,8
⇥
Santa Catarina
3,9
3,8
⇥
Brasil
9,3
8,7
↓
Paraná
6,1
5,3
↓
Minas Gerais
7,2
6,3
↓
Maranhão
10,8
9,7
↓
Acre
11,9
10,1
↓
Ceará
10,4
8,6
↓
Rondônia
5,8
3,9
↓
Piauí tem a maior taxa de subutilização (40,6%) e Santa Catarina, a menor (6,8%)
No 3° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 20,1%. O Piauí (40,6%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (36,1%) e Bahia (33,7%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (6,8%), Rondônia (9,1%) e Mato Grosso (10,5%).
Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 3° trimestre de 2022
Rondônia tem a maior proporção de conta própria (37,4%) e DF a menor (21,1%)
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,9%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (37,4%), Amapá (34,7%) e Amazonas (32,4%) e os menores, do Distrito Federal (21,1%), Mato Grosso do Sul (22,0%) e Goiás (23,2%).
Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) – 3° trimestre 2022
UF
Valor
Distrito Federal
21,1
Mato Grosso do Sul
22,0
Goiás
23,2
São Paulo
23,3
Paraná
23,7
Tocantins
24,4
Minas Gerais
24,4
Mato Grosso
24,4
Santa Catarina
24,6
Espírito Santo
24,8
Roraima
25,0
Rio Grande do Sul
25,5
Alagoas
25,8
Sergipe
25,8
Brasil
25,9
Rio Grande do Norte
26,1
Piauí
27,3
Acre
27,6
Rio de Janeiro
27,9
Bahia
28,0
Paraíba
28,1
Ceará
28,6
Maranhão
30,8
Pará
31,6
Pernambuco
31,8
Amazonas
32,4
Amapá
34,7
Rondônia
37,4
MA tem menor percentual de (47,0%) de trabalhadores com carteira e SC (88,4%) o maior
No 3º trimestre de 2022, 73,3% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Norte (57,7%) e Nordeste (57,3 %) apresentaram as menores taxas.
Dentre as unidades da federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (81,3%) e São Paulo (81,2%) e os menores, no Maranhão (47,0%), Piauí (48,5%) e Pará (50,3%).
Percentual de empregados COM carteira entre os empregados do setor privado, por UFs (%) – 3º trimestre 2022
UF
Valor
Maranhão
47,0
Piauí
48,5
Pará
50,3
Bahia
55,4
Paraíba
56,7
Sergipe
57,1
Ceará
57,3
Roraima
58,0
Tocantins
59,1
Alagoas
61,1
Acre
62,8
Amazonas
64,4
Rio Grande do Norte
64,9
Pernambuco
65,9
Amapá
68,6
Goiás
71,3
Rondônia
71,7
Brasil
73,3
Espírito Santo
74,2
Minas Gerais
74,7
Rio de Janeiro
75,3
Mato Grosso
75,6
Mato Grosso do Sul
76,5
Distrito Federal
78,5
Paraná
80,1
São Paulo
81,2
Rio Grande do Sul
81,3
Santa Catarina
88,4
No Brasil, 2,6 milhões de pessoas procuram trabalho há 2 anos ou mais
No terceiro trimestre de 2022, no Brasil, 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano, 11,7% de um ano a menos de dois anos e 27,2% (ou 2,6 milhões de pessoas) há dois anos ou mais.
Tempo de procura de trabalho
3º Trimestre
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
Menos de 1 mês
837
879
784
966
1.184
1.523
1.707
1.846
1.437
1.481
1.573
De 1 mês a menos de 1 ano
3.695
3.880
3.752
5.063
6.321
6.365
5.888
6.023
8.441
5.463
4.208
De 1 ano a menos de 2 anos
952
971
1.121
1.572
2.240
2.331
1.880
1.739
1.806
2.620
1.103
2 anos ou mais
1.458
1.185
1.156
1.551
2.411
2.849
3.219
3.191
2.913
3.889
2.575
Tempo de procura de trabalho
Variação percentual
2013/2012
2014/2013
2015/2014
2016/2015
2017/2016
2018/2017
2019/2018
2020/2019
2021/2020
2022/2021
2022/2012
Menos de 1 mês
5,0
-10,8
23,2
22,6
28,6
12,1
8,1
-22,2
3,1
6,2
87,9
De 1 mês a menos de 1 ano
5,0
-3,3
34,9
24,8
0,7
-7,5
2,3
40,1
-35,3
-23,0
13,9
De 1 ano a menos de 2 anos
2,0
15,4
40,2
42,5
4,1
-19,3
-7,5
3,9
45,1
-57,9
15,9
2 anos ou mais
-18,7
-2,4
34,2
55,4
18,2
13,0
-0,9
-8,7
33,5
-33,8
76,6
Pará tem a maior taxa de informalidade (60,5%) e SC, a menor (25,9%)
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,4% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%) e as menores, com Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (30,6%).
No cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são considerados: Empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e Trabalhador familiar auxiliar.
Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) – 3º trimestre de 2022
UF
Valor
Pará
60,5
Maranhão
59,1
Amazonas
57,1
Piauí
54,5
Bahia
53,3
Ceará
52,2
Sergipe
51,4
Paraíba
50,7
Pernambuco
50,6
Amapá
48,8
Roraima
48,5
Rondônia
47,8
Alagoas
46,9
Acre
46,6
Rio Grande do Norte
43,9
Tocantins
43,6
Brasil
39,4
Goiás
38,8
Espírito Santo
38,0
Rio de Janeiro
38,0
Minas Gerais
37,8
Mato Grosso
36,3
Mato Grosso do Sul
33,7
Paraná
32,2
Rio Grande do Sul
31,5
São Paulo
30,6
Distrito Federal
29,8
Santa Catarina
25,9