Fotos: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Yokohama, Japão, 16 de dezembro de 2012. O relógio marcava aproximadamente 20h54 no horário local, 9h54 no horário brasileiro, quando Chicão achou Paulinho, na intermediária. O volante tocou de primeira para Jorge Henrique, que devolveu de cabeça para o camisa 8. Ele invadiu a área limpando a marcação inglesa e a bola sobrou para Danilo. O meia bateu de direita, a bola explodiu em Cahill, passou por cima de Cech e sobrou para Paolo Guerrero cabecear para o fundo das redes.
O gol do atacante peruano sobre o Chelsea (ING) explodiu os milhares de
corinthianos em Yokohama e os milhões espalhados pelo Brasil. A jogada descrita
acima garantiu, também, o bicampeonato mundial de clubes ao Corinthians. Há
exatamente 10 anos, o mundo era, mais uma vez, do Bando de Loucos.
O jogo
O Timão foi a campo no Japão com Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fabio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo; Jorge Henrique, Emerson Sheik e Paolo Guerrero. O técnico era Tite.
Depois de superar o Al Ahly na semifinal, Tite promoveu uma mudança na
equipe titular alvinegra sacando Douglas e colocando Jorge Henrique, para
auxiliar na marcação dos avanços da equipe inglesa pelos lados do campo.
Bem postado e obediente taticamente, o Alvinegro começou a partida
controlando os avanços da equipe inglesa e explorando os contra-ataques. Aos 10
minutos, Cássio começou a aparecer como grande personagem da decisão.
Após cobrança de escanteio do
Chelsea, pela direita, Cahill desviou de cabeça, Chicão rebateu e o próprio
zagueiro britânico chutou de bico, quase da pequena área, para defesa do
goleiro Alvinegro, em cima da linha.
O Corinthians se soltou a partir dos 20 minutos. No embalo do canto da
Fiel, maioria nas arquibancadas em Yokohama, Guerrero abriu espaço e achou
Emerson. O herói da Libertadores, finalizou sem ângulo e quase abriu o placar.
Em seguida, Sheik recebeu na intermediária e arriscou uma finalização por cima
do gol inglês.
No fim da primeira etapa Cássio, mais uma vez, foi decisivo em tentativas
de Mata e Moses (para muitos, essa, a maior defesa protagonizada pelo gigante
ao longo da partida). No segundo tempo o time do Parque São Jorge voltou mais
agressivo. Paulinho se aproximava do trio de ataque, criando mais oportunidades
ofensivas.
Cássio fez boa
defesa em jogada de Hazard, pela esquerda. O Timão trocava passes e
envolvia o Chelsea. Aos 23 minutos, a jogada decisiva. Após passar por Chicão,
Paulinho, Jorge Henrique e Danilo, a bola sobrou caprichosamente para Guerrero
desviar de cabeça para o gol e abrir o placar da decisão.
O Alvinegro se agigantou, brigando por cada espaço de campo. Tite sacou Guerrero e colocou Martinez. Aos 40 minutos, novo milagre de Cássio (posteriormente, escolhido pela FIFA como o melhor jogador da decisão) que defendeu, com os pés, chute à queima-roupa de Fernando Torres, dentro da área. Wallace entrou no lugar de Emerson Sheik para reforçar a defesa corinthiana. O Chelsea tentava, mas não havia tempo para mais nada. Era a noite (dia, no Brasil) do Corinthians: bicampeão mundial de futebol.
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