Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
“Hoje eu desfruto mais do jogo. Eu curto mais o jogo. Você começa a entender onde tem os espaços, o porquê isso está acontecendo, o porquê o time começa a evoluir no jogo, ou porque começa a cair. Eu acho que quando você começa a entender isso, você desfruta mais. Em alguns momentos, eu tento fazer coisas para o time evoluir, às vezes nem sou eu que vou tocar na bola, mas eu tento fazer algumas coisas dentro de campo. Antes eu corria o jogo, hoje eu jogo o jogo.”
Este é Renato Augusto, jogador que une como poucos técnica e habilidade, e que completa 35 anos nesta quarta-feira (8/2). Está em um momento da carreira em que empilha conquistas, guarda na memória uma Copa do Mundo (a de 2018, na Rússia) e coleciona boas histórias. Mas, para Renato, é, também, um momento em que encontra novas formas de atuar dentro de campo.
O meia, que atuou com o manto alvinegro em três temporadas em sua
primeira passagem, de 2013 até 2015, e voltou ao Alvinegro em 2021, disse com
exclusividade ao Corinthians.com.br e Universo SCCP como se enxerga no futebol
atualmente e como viu a necessidade de uma mudança dentro
das quatro linhas.
Leia a entrevista a seguir com o craque que soma 203 jogos pelo Coringão e 24 gols marcados. E parabéns pelo aniversário, Renato!
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Nestes 35 anos de vida, já são mais de 200 jogos pelo Corinthians, clube pelo qual você mais atuou na carreira. O que o Timão representa para você?
— É um clube que foi importante na minha carreira, está sendo importante. O que me deixa feliz, além de todo carinho que eu recebo do torcedor na rua, é poder retribuir tudo que eles fizeram por mim dentro de campo.
O início de sua primeira passagem pelo Corinthians foi também um dos momentos mais críticos de sua carreira, com lesões que atrapalharam seu desempenho. Qual é o sentimento hoje de olhar para trás e ver que foi possível dar a volta por cima, conquistar a Fiel e poder continuar sua trajetória por aqui em busca de novos títulos?
— Eu vim para cá em um momento delicado, eu estava sentindo dores. Eu conseguia jogar, mas não estava me sentindo à vontade, e foi aqui que eu me reencontrei, onde eu atingi o meu ápice. Agradeço ao clube, que até nos momentos mais difíceis, esteve do meu lado, que comprou a ideia. Depois eu pude retribuir dentro de campo. Isso foi especial para mim.
Aos 35 anos, você mantém um nível alto tecnicamente. Acredita que hoje possa ser o melhor momento de sua carreira levando a consideração a questão física e experiência adquirida?
— Hoje eu desfruto mais do jogo. Eu curto mais o jogo. Você começa a entender onde tem os espaços, o porquê isso está acontecendo, o porquê o time começa a evoluir no jogo, ou porque começa a cair. Eu acho que quando você começa a entender isso, você desfruta mais. Em alguns momentos, eu tento fazer coisas para o time evoluir, às vezes nem sou eu que vou tocar na bola, mas eu tento fazer algumas coisas dentro de campo. Antes eu corria o jogo, hoje eu jogo o jogo.
Quais partidas pelo Coringão são as mais memoráveis para você?
—
As partidas da Recopa, para mim, foram memoráveis por ter sido um clássico, final sul-americana,
fiz um gol bonito, realmente foi marcante. A minha volta para o clube também foi marcante. Além disso, mesmo
com a derrota para o Flamengo na final da Copa do Brasil no ano passado, a segunda partida no Maracanã foi muito marcante para
mim, principalmente depois do jogo em que, mesmo com a derrota, a torcida começou
a cantar ‘eu nunca vou te abandonar, porque te amo’. Além disso, ainda encaixo o jogo contra o Vasco, em 2015, que garantiu o título Brasileiro.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Por fim, Renato, o que você tem a dizer para a Fiel e sobre todas as mensagens que já tem recebido sobre seu aniversário?
— Fiel, gostaria de agradecer a todos por todas as mensagens, por todo o carinho que eu tenho recebido, não só no meu aniversário mas em todos esses anos, até quando eu fui embora para a China, o carinho que eu recebi tanto pessoalmente como por mensagens. Então só tenho a agradecer e espero que a gente ainda possa comemorar alguns aniversários juntos.
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