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Estupro e morte na Argentina causa revolta

18/10/2016
in Mundo

Lucía Pérez, menina assassinada em Mar del Plata

“Nunca vi um conjunto de fatos tão aberrantes”, diz a promotora Maria Isabel Sánchez.

Ela está encarregada do caso de Lucía Pérez, adolescente de 16 anos que foi drogada, estuprada e morta por empalamento no balneário de Mar del Plata (Argentina) no sábado (15). Suspeita-se que ela tenha sido vítima de uma gangue de traficantes.

O crime hediondo chocou a Argentina, especialmente por ter ocorrido uma semana após uma grande manifestação de mulheres contra a violência na cidade de Rosário.

A história de Lucía só fez aumentar a sensação de insegurança e a percepção de crescimento do poder do narcotráfico entre os argentinos. Isso apesar de a Argentina ser um país com um dos menores índices de homicídios da América Latina – 8,8 por 100 mil habitantes em 2013 (o Brasil, por exemplo, registrou índice de 25,8 por 100 mil em 2014).

“Overdose”

A promotora Sánchez informou que o corpo de Lucía foi deixado em um hospital de Mar de Plata. A menina estava de banho tomado e vestida, inclusive com a roupa íntima. Segundo informações da mídia local, os agressores teriam avisado que a jovem sofrera uma overdose.

A promotora suspeita que Lucía mantivesse algum tipo de relacionamento com um dos supostos agressores. Dois suspeitos – Matías Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidani, de 41 anos – foram presos no domingo na casa em que o crime teria ocorrido.

“A menina foi à casa voluntariamente e lá foi atacada”, disse Sánchez.

A Justiça argentina pediu ainda a prisão preventiva de um terceiro suspeito. De acordo com a polícia, o mesmo carro usado para deixar a menina no hospital foi visto próximo à escola.

Preocupação com insegurança

Pesquisas recentes revelam que a insegurança se transformou na principal preocupação dos argentinos. E a violência de gênero está no centro do problema: estatísticas do Ministério da Segurança mostram que crimes sexuais aumentaram 78% entre 2008 e 2015.

O Registro Argentino de Feminicídios, órgão do governo criado em 2015 após uma grande marcha contra a violência contra a mulher, estima que duas de cada dez mulheres assassinadas na Argentina tenham feito queixas prévias sobre violência.

Protesto em RosárioImage copyrightAFP
Image captionOrganizações feministas convocaram uma paralisação de mulheres para esta quarta-feira

A Argentina tem, de acordo com estatísticas oficiais, um dos maiores índices de tráfico humano da América do Sul.

“Mas não podemos encarar casualmente o fato de que Lucía foi violada e morta em Mar del Plata, onde já se mataram mulheres impunemente para proteger as redes de tráfico de mulheres”, disse, em comunicado no Facebook, a ONG Ni Una Menos (Nem uma a menos, em português), que denuncia casos de violência contra a mulher na Argentina.

Com 600 mil habitantes, Mar del Plata é o município argentino com o maior número de condenações por exploração sexual.

A publicação, com quase duas mil curtidas em apenas 24 horas, também convoca organizações de gênero para uma paralisação de mulheres nesta quarta-feira.

“Vi mil coisas na minha carreira, mas nada igual a isso. Sei que não é muito profissional dizer isso, mas sou mãe e mulher”, afirma a promotora.

Fonte: BBC

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