O suspeito estava no carro da vítima quando foi abordado
Um garoto de programa suspeito de matar um servidor do Ministério de Relações Exteriores foi preso nesta quinta-feira (20) pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O homem confirmou o crime em depoimento à Polícia Civil e foi preso em flagrante. O suspeito estava no carro da vítima quando foi abordado. Ele chegou a dizer que tinha pegado o carro emprestado com um amigo, mas admitiu o crime em seguida.
Segundo o depoimento, o garoto de programa disse que não percebeu a morte, e achou que o cliente estava apenas desacordado. O corpo de Josué Nóbrega Pereira foi encontrado na manhã de quarta (19) no apartamento onde ele morava, na 307 Sul. Ele estava nu, de bruços e com um cinto amarrado no pescoço.
Anderson Vieira Brito, 18, foi preso com o carro da vítima na madrugada desta quinta-feira (20/10). Em depoimento, ele confessou o crime.
Pela manhã, as primeiras informações davam conta de que Anderson tinha sido solto, uma vez que os policiais não tiveram como enquadrá-lo em flagrante. À tarde, a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga o caso, retificou a informação, garantindo que o acusado seguiria detido na unidade policial até que a Justiça decidisse sobre o pedido de prisão do suspeito. Por volta das 17h30, o Tribunal do Júri de Brasília decretou a detenção preventiva de Anderson. Ele vai responder por homicídio qualificado e furto de veículo.
Na madrugada desta quinta (20), a Polícia Militar prendeu Anderson com o Peugeot 308 de cor prata. Ele estava na Quadra 21 do Paranoá. Na delegacia, o suspeito confessou que conheceu a vítima na noite de terça (18), data do assassinato. Josué teria parado o carro em um ponto de ônibus do Shopping Conjunto Nacional e oferecido R$ 150 para um programa.
Ainda de acordo com o depoimento do acusado, os dois foram até a residência do servidor, onde teriam mantido relações sexuais. Contudo, por volta das 2h, eles se desentenderam e brigaram. Anderson diz que aplicou um golpe mata-leão na vítima, que veio a óbito. O suspeito afirmou à polícia que deixou o local, conduzindo o veículo da vítima, sem perceber que ela havia falecido.
Versões divergentes
A família relata uma versão diferente da apresentada pelo criminoso. A mãe de Josué o encontrou de bruços, sem camisa e com o cinto no pescoço. Também havia marcas de sangue. Amigos também relatam que a história contada por Anderson não procede e que o cinto, inclusive, foi apreendido pela Polícia Civil.
A corporação informou que já investigava o caso e comparou as imagens de circuito de segurança do prédio onde Josué morava. Verificou que um homem, semelhante ao suspeito, subiu para o apartamento com o servidor. A apuração ainda não foi concluída. Depoimentos ainda serão colhidos.
No Facebook, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) publicou uma nota de pesar pela morte de Josué.
G1 e Portal Metropole