Acolhendo denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o Tribunal de Júri de Porto Alegre condenou, na início da noite desta terça-feira, 9 de maio, a 27 anos de prisão homem que matou a ex-namorada a facadas em 2020. A vítima havia acabado de se formar em nutrição. A condenação foi decorrente do acusado ter cometido crime de homicídio triplamente qualificado por feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O promotor de Justiça que atuou em plenário foi Eugênio Paes Amorim.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu, portando uma faca, foi até a residência de Luiza Vitória Bica Gonçalves, na Avenida Protásio Alves, sob o pretexto de buscar seus pertences com o término do relacionamento. Após atraí-la para fora da casa, efetuou dois golpes com uma soqueira no rosto da vítima, na época com 22 anos, seguidos de mais de 30 golpes de faca, na presença de amigo da vítima.
O julgamento foi presidido pela juíza da 4ª Vara do Júri de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo. “Toda a ação foi de grande crueldade. Procurou o acusado causar na vítima o maior sofrimento possível e a multiplicidade de golpes de defesa no braço, os muitos golpes no peito e nas costas, indicam a ferocidade da agressão”, disse, destacando que o homem, de 34 anos, possuía histórico de agressões, perseguições e ofensas contra a ex-namorada, além de outros delitos.
O réu, que já está preso na Penitenciária de Canoas (Pecan), deverá permanecer em regime fechado.