Como parte do processo de implementação do Planejamento Regional Integrado (PRI) no Acre, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) apresentou nesta terça-feira, 21, os resultados preliminares do PRI, que visa o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Criado pelo Ministério da Saúde, por meio do PROADI-SUS e com apoio da Sociedade Beneficência Portuguesa de São Paulo, o PRI objetiva orientar a organização da Rede de Atenção à Saúde. Em linhas gerais, o projeto visa o fortalecimento da governança dos entes federados, elaboração do plano da Macrorregião de saúde e o fortalecimento do planejamento ascendente.
O estado do Acre encontra-se atualmente na fase quatro do total de seis do projeto, mas já apresenta um produto bastante robusto para o planejamento das ações e para tomada de decisão dos gestores. A apresentação desta terça faz parte das Redes Temáticas priorizadas pelas regiões: a Rede Cegonha, Psicossocial e Crônicas baseados na Análise da Situação de Saúde e nas Prioridades Sanitárias construídas nas Oficinas do PRI.
“O processo do PRI foi trabalhado no estado de maneira firme, participativa e ascendente conforme o SUS preconiza. As regiões elaboraram as suas diretrizes, objetivos, metas e os indicadores prioritários, definiram suas prioridades sanitárias, que vão embasar o Plano Estadual de Saúde e orientar o novo desenho das redes temáticas priorizadas. Os próximos passos são: concluir a etapa de modelagem de redes, institucionalizar um grupo de governança, elaborar plano de ação para 2024 e iniciar a próxima etapa de programação das ações e serviços de saúde”, ressalta Priscylla Aguiar, coordenadora do PRI-AC.
Acompanhando de perto o desenvolvimento do PRI no Acre, a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou que o PRI visa a descentralização do serviço de saúde.
“O Acre é composto por três regiões de saúde, e o objetivo da Secretaria Estadual de Saúde, do secretário Pedro Pascoal, é justamente fortalecer essas regiões de saúde e aproximar os serviços cada vez mais da população, para que a população não tenha que se deslocar para a capital para ter serviços especializados. Hoje, nós estamos com o desenho da regionalização, de acordo com o que foi feito, com o apoio da Beneficência Portuguesa e do Conass, onde nós poderemos fortalecer essas regionais de acordo com as solicitações dos municípios, e, assim, promover melhor qualidade assistencial à saúde da população”, pontuou Ana Cristina Moraes.
O Acre tem feito seu papel na organização do sistema e, portanto, é um dos líderes no país no que diz respeito à implantação do PRI, que vem melhorando a gestão em saúde.
“Eu fiquei até emocionada quando a Priscylla [Aguiar] expôs a trajetória do Acre nesses três anos, o tanto que vocês avançaram e o mais importante, o que me deixou mais empolgada, inclusive, foi assim ver como a Secretaria de Saúde cumpriu o seu papel de gestora do Sistema Estadual de Saúde, porque você vê ali claramente o papel de coordenação da Secretaria sendo efetivado na prática. Então, é muito bom a gente ver isso acontecendo. Acho que a experiência do Acre é exemplar e deveria, inclusive, ser compartilhada com outros estados”, avaliou Cristina Amaral, assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).