O serviço de transporte particular da Uber deve começar a funcionar em Cuiabá a partir das 14h desta sexta-feira (25). A capital mato-grossense é a 32ª cidade do Brasil a receber o serviço fornecido por meio de um aplicativo de serviço. De acordo com a gerente de Comunicação da empresa, Leticia Mazon, o serviço inicialmente disponível na capital será o Uber X, categoria que tem tarifas mais baixas.
A modalidade Uber X compreende carros com quatro portas e ar-condicionado, fabricados a partir de 2008. Nesse caso, a tarifa da viagem é calculada com base na distância e no tempo levado para o deslocamento. Segundo a empresa, o preço cobrado em cada cidade é diferente.
Em Cuiabá, a tarifa de base, que se refere ao custo da chamada, é de R$ 2,50. A esse valor é acrescido o custo por quilômetro rodado, que é de R$ 1,20, e por minuto de viagem, que é de R$ 0,15. O valor mínimo da corrida, na capital, será de R$ 5. Esse também é o preço a ser pago em caso de cancelamento do pedido do veículo, após cinco minutos da chamada.
A partir de sexta-feira, o usuário que já tiver feito o download do aplicativo da Uber em seu celular poderá começar a utilizar o serviço. Para se cadastrar como usuário, a pessoa deve preencher um formulário com seu nome, telefone, e-mail e um cartão de crédito válido. A empresa destaca que, antes mesmo de finalizar o pedido do veículo, o usuário já poderá fazer uma estimativa do valor a ser cobrado pela viagem no próprio aplicativo.
“Na maior parte das cidades, o tempo de espera é de cinco minutos. Na semana de lançamento, a espera tende a ser um pouco mais alta, porque é muito mais fácil a pessoa se cadastrar para ser usuário do que para ser motorista, então, há mais demanda do que oferta. Mas é natural que isso se estabilize depois de algumas semanas ou até mesmo em uma semana. Depende muito da cidade”, afirmou a gerente.
Segurança
A empresa alega que garante a segurança dos usuários antes, durante e depois da viagem. Ao solicitar o carro, o usuário já recebe, pelo aplicativo, informações como o nome e a foto do motorista e a placa do carro.
“Além disso, a pessoa tem a segurança de saber que aquele motorista passou por uma checagem de antecedentes criminais que é feita com todos os parceiros da Uber. Essa checagem de cada um é feita em todos os estados da União e nos municípios”, disse Mazon.
Ao entrar no veículo, ele ainda pode compartilhar a rota em tempo real com outras pessoas, via mensagem de texto, mesmo se a pessoa não tiver o aplicativo instalado. Na mensagem, constam o destino da viagem, bem como a placa e o modelo do carro em que o usuário está. O cliente também pode fazer reclamações ou pedir ajuda pelo sistema de suporte 24 horas da empresa.
Avaliação
Ao final da viagem, tanto o usuário quanto o motorista se avaliam pelo aplicativo, dando de uma a cinco estrelas. No país, segundo a empresa, a nota média dos mais de 50 mil parceiros cadastrados é de 4,8 e o mesmo se aplica aos mais de 4 milhões de usuários. A nota mínima, conforme a gerente, é de 4,6.
“Se o parceiro tiver consistentemente uma nota abaixo de 4,6 estrelas, a gente manda feedback, sempre anônimos, e damos dicas. Se ele não melhorar, pode ser desconectado da plataforma, porque é a forma como a gente baliza a qualidade do serviço. Da parte do usuário, o que o descredencia são coisas como extrema falta de educação, estar muito alcoolizado, até porque é perigoso levar alguém que está inquieto dentro de um carro”, explicou.
Legalidade
De acordo com a empresa, o serviço da Uber opera no país dentro da legalidade. A empresa afirmou que os motoristas parceiros prestam o serviço de transporte individual privado, previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) – Lei Federal 12.587/2012 – ou seja, tem respaldo na Constituição Federal.
“A Justiça brasileira já reiterou em mais de 40 ocasiões que a Uber é legal e que leis municipais não podem proibir uma categoria de serviço que está prevista em lei federal. A Uber não concorre com o táxi. A Uber está aqui para complementar o sistema de mobilidade das cidades e para concorrer com o carro particular, aquele veículo que passa 90% do tempo parado na garagem”, afirmou a gerente.
A empresa alega, ainda, que paga todos os impostos que uma empresa de tecnologia deve pagar no país, assim como os motoristas parceiros e ressalta que não presta um serviço de transporte.
“Tanto os usuários quanto os motoristas são nossos clientes. Os parceiros não tem horários e dias fixos de trabalho. Eles se logam na plataforma quando querem gerar renda. Eles que nos contratam para oferecer a plataforma tecnológica para eles e por isso pagam pelo serviço”, disse a gerente.
No caso da Uber X, 75% do valo recebido por uma viagem fica com o motorista parceiro, enquanto 25% é destinado à empresa.
Cadastro
Conforme a empresa, enquanto houver demanda crescente na capital, os cadastros de motoristas serão aceitos. As pessoas que desejarem trabalhar com a Uber devem ter carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada (EAR) e passar por checagem de antecedentes criminais. Os carros precisam ser cadastrados com a apresentação de Certidão de Registro e Licenciamento do Veículo e bilhete de DPVAT do ano corrente.
A empresa não informou quantos motoristas já foram cadastrados em Cuiabá.
Fonte: G1