O adultério é fatal. É um pecado terminal. Não há recuperação do adultério. Salomão tinha acabado de advertir o seu filho a respeito da mulher estranha – uma mulher infiel que praticaria sexo com outro homem que não o seu marido (Pv 2:16-18). Num esforço de espantar o seu filho contra o adultério, ele deu uma regra geral que é confirmada pela escritura e pela experiência – adultério é fatal.
Pais e pastores devem alertar contra o adultério, e advertir especialmente aos homens jovens a respeito de suas tentações e de suas tristes conseqüências (Pv 6:20-26). Os corações enganosos e os hormônios despertados nos homens jovens os tornam bastante vulneráveis a ele (Jr 17:9; ICo 7:9). A juventude é um período de vaidade e muita tentação a favor deste pecado (Sl 25:7; Ec 11:10). Portanto, o livro inspirado de Provérbios tem muito a dizer aos homens jovens a respeito dos pecados sexuais.
Mas é óbvio, a mulher infiel jamais dirá a verdade a respeito das consequências de tocá-la (Pv 6:29). Ao contrário, ela elogia a sua vítima ingênua até a sua ruína (Pv 2:16; Pv 7:21). Ela descreve com os mais atraentes termos o prazer que ela pode dar e a certeza de que não serão surpreendidos (Pv 7:13-20; Pv 9:17). Ela não admite que as suas outras vítimas estejam no inferno (Pv 5:5; Pv 7:27; Pv 9:18)!
É certo que o mundo não irá ajudar o homem jovem. O mundo glorifica e protege o adultério através de programas de televisão, filmes, músicas, revistas, livros, legislação, controle da natalidade, opinião popular, pressão dos seus pares, vestimentas inadequadas, dormitórios mistos nas universidades e outras invenções. O mundo está comprometido com o adultério desde o início (Ef 4:17-19; I Jo 2:15-17).
Existem muitas maneiras de morrer e o adultério lhe ajudará a descobrir e experimentar todas elas. Sansão encontrou um meio – suicídio como um homem cego! Mas há outras maneiras! Numa nação que aplica a justiça, como Israel sob a Lei de Moisés, adultério era uma ofensa capital, mesmo para as mulheres que mantinham isto escondido (Lv 20:10; Nm 5:11-31; Dt 22:22-24). Ou você pode morrer nas mãos de um marido ciumento (Pv 6:34-35) ou por doenças sexuais.
Mas existem meios de morte piores por adultério! Este pecado monstruoso destruirá a sua reputação e a sua alma. Os homens compreendem certos pecados, mas eles não têm misericórdia ou compreensão por adultério (Pv 6:27-33; Cantares 8:6). Ele viola um dos laços mais íntimos e de confiança num relacionamento humano. É um pecado monstruoso e deve ser julgado severamente (Jó 31:9-12).
Adultério destruirá a sua alma (Pv 6:32). Em primeiro lugar, ele trará a culpa e a vergonha como nunca antes (Pv 5:8-14). Ele trará a punição corretiva de Deus e a remoção do Seu Espírito Santo de sua vida (Sl 51:7-12). E fará de você um escravo em cadeia das fantasias sexuais e de outros pecados (Pv 5:20-23; Ec 7:26). Você não conseguirá salvar a si mesmo.
Mas onde existirem coisas impossíveis aos homens, elas são possíveis para Deus (Lc 18:25-27), da mesma forma que Paulo deu graças pelo livramento da escravidão do seu pecado de concupiscência (Rm 7:7-8,24-25). Em regra geral o adultério é terminal, onde as exceções são aqueles libertos pela superabundância graça de Deus em Cristo Jesus (Jo 8:1-11; ICo 6:9-11).
Porque nos foi relatado detalhes dos terríveis pecados de adultério e de assassinato de Davi? Foi para que outros pecadores como ele pudessem encontrar conforto na graça do Senhor Jesus Cristo. Deus perdoou gratuitamente a Davi e ainda o honrou como o maior rei de Israel e de cuja descendência nasceria Jesus Cristo (IRs 11:4; IRs 14:8; IRs 15:3-5; Mt 1:1; Rm 15:4; Ap 5:5; Ap 22:16).
Deus escolheu Davi em Jesus Cristo por soberana eleição antes que o mundo fosse formado (Ef 1:3-12). Jesus morreu por cada um dos pecados de Davi, incluindo o de adultério e de assassinato (Is 53:4-12; IICo 5:21; IPe 2:24; Ap 1:5). Davi adquiriu grande confiança nesta grande salvação de Deus pela graciosa graça em Jesus Cristo (IISm 23:1-5; Sl 32:1-2). Quem apresentará qualquer acusação contra os eleitos de Deus, incluindo Davi? É Deus quem o justifica (Rm 8:33)!
Mas a misericórdia prática de Deus por adultério exige inteira confissão e arrependimento, a qual Davi cumpriu voluntaria e completamente (IISm 12:13; Sl 51:1-19). Deus é fiel e perdoa os pecados confessados e Eliú descreveu bem essa confissão (Jó 33:27-28).
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