O dinheiro mente! O dinheiro corrompe! Este provérbio representa o resultado de uma triste observação de Salomão a respeito do egoísmo humano: os homens são amigáveis por aquilo que podem obter dos outros. Até mesmo os vizinhos de um homem pobre o odeiam, porque ele não serve para nada na questão de ajudá-los a progredirem. Mas o homem rico, não importando qual seja o seu caráter ou conduta, tem mais amigos do que o homem pobre.
O dinheiro mente! As coisas finas dos ricos, seus muitos amigos em posições de destaque, suas maneiras nobres, e suas habilidades em ajudar são todas ilusões perigosas. Eles não falam nada para você a respeito daquilo que se passa em seus corações e almas que está por detrás dos seus prósperos olhos e sob as suas luxuosas roupas. Muitos homens ricos são arrogantes e não têm nada de nobre ou virtuoso neles (Pv 18:23; ISm 25:10). Assim como a beleza de uma mulher não prova o seu caráter, nem tampouco a riqueza o de um homem (Pv 11:22; 31:30)
O dinheiro corrompe! Os homens que deveriam amar os seus vizinhos os odeiam pela simples razão que eles são pobres. Os homens que deveriam odiar opressores orgulhosos rastejam diante do rico na esperança de comerem as migalhas que caem de sua mesa. Se o rico pede um favor, eles dão pulos pela oportunidade e geralmente fecham os olhos para o comprometimento ou pelo mal envolvido (Pv 17:23).
A medida de uma pessoa é a sua alma, caráter e conduta, não a sua riqueza. Nabal era muito rico, mas era um insensato (ISm 25:2-11). Rute era uma viúva moabita, mas ela era uma joia de mulher virtuosa (Rt 3:11). Ao invés de valorizar uma pessoa pelo que ela possui ou ganha, homens sábios indagarão a respeito do temor que ela tem de Deus e observarão sua conduta moral.
Quais as lições que aprendemos? O provérbio não está ensinando aquilo que deveria ser, mas sim aquilo que é comum. Uma das lições é de que a popularidade não prova nada (Pv 19:4,6). Outra lição é a advertência contra a avaliação pelos bens que possui ao invés do caráter (Pv 19:7). Outra lição é a de lembrarmos que os verdadeiros amigos não são afetados por uma mudança nas nossas circunstâncias (Pv 17:17). E outra lição que aprendemos é de que devemos tomar cuidado quanto ao tratamento preferencial dispensada aos ricos e respeitarmos indistintamente as pessoas (Tg 2:1-10).
Mas existem, ainda, outras lições. Deus escolheu os Seus eleitos para a salvação principalmente dentre os pobres deste mundo (ICo 1:26-29; Tg 2:5). Portanto, apesar da pobreza indicar uma posição inferior na sociedade, isso nada diz a respeito da sua posição para com Deus. Foi muito melhor ser um Lázaro mendigo lambido pelos cachorros do que um homem rico vivendo no luxo (Lc 16:19-31).
Não importa quão querido são os amigos, ou quantos amigos você tem que o rejeitam; Deus nunca o abandonará, não importa quão pobre você é (Sl 73:25-26; Hb 13:5-6). Ele pôs o Seu amor por você quando você ainda era um inimigo odiável, e Ele não retirará o Seu amor por pequenos desvios de eventos na vida (Rm 5:6-11). Ele se tornou pobre para torná-lo rico (IICo 8:9).
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