Faltam 13 anos para 2030. Mas para o governador Confúcio Moura, já é hoje.
Por que? Exatamente porque ele diz estar fazendo todos os esforços possíveis para tornar Rondônia um Estado enxuto e viável pelo menos até o primeiro ano da década de 30. Como isso será possível, em tempos de duríssima crise econômica e as imensas dificuldades em manter o pagamento dos salários do funcionalismo e dos fornecedores em dia e, ainda, conseguir recursos para investir em obras? Confúcio lembra que seu governo vem mantendo uma política de apertar cintos desde 2011.
Graças aos cuidados com o dinheiro do Estado e a redução gradativa da gastança; a diminuição do custo da administração, com mais de 3 mil cargos comissionados extintos e uma série de outras medidas, o Governador considera que o caminho está pavimentado para que Rondônia seja tão autossuficiente que, a médio prazo, tenha apenas como poupança os recursos vindos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), porque se manteria com suas próprias pernas, gerido pelo recolhimento do ICMS e eventualmente algum outro tributo estadual. Claro que para isso Confúcio, que é sonhador, mas também é prático, sabe que precisará ter parceria dos demais poderes, principalmente da Assembleia.
Mas precisará que o MPE, o Judiciário e todos os demais poderes que vivem dos recursos dos tributos do Estado, se alinhem à essa meta desafiadora, mas plenamente viável, ansiada pelo governador que deixa seu cargo ou em um ano e meio, caso candidato para 2018 ou em dois anos, se decidir largar a vida pública. Estará com 71 anos, quando deixar o Governo.
Esse foi um dos muitos assuntos comentados em longa conversa com o jornalista Sérgio Pires, nesta quarta. Confúcio falou de tudo: saúde, educação, segurança, projetos futuros, o sonho do Heuro e muito mais.
Os telespectadores da SICTV/Record e Record News poderão acompanhar todos os detalhes da matéria, nos telejornais das duas emissoras e a íntegra na Record News.
O Governador fala com franqueza, inclusive quando critica o que não funcionou em sua administração. Vale a pena conferir. Olho na TV!
UM SONHO POSSÍVEL
Na mesma entrevista, Confúcio Moura comemorou a nova legislação que determina que as obras não podem ser interrompidas mais do que 30 dias, caso nelas sejam constatadas irregularidades.
As investigações continuarão, haverá repactuamento dos custos, mas os serviços que beneficiarão a comunidade não vão parar. Foi nesse contexto que ele lamentou profundamente a paralisação das obras do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia, o Heuro. Disse que essa é a obra do seu coração e que, caso não tivesse sido interrompida, estaria andamento de forma muito célere. O Governador anunciou que a obra será retomada e só fica triste de que não haverá tempo hábil para entregá-la.
O bom senso da nova legislação de fiscalização e controle de obras públicas no Brasil, certamente vai trazer enormes benefícios para todas as regiões e não apenas em Rondônia.
EXTRAORDINÁRIAS
A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta o orçamento do Estado; o PCCS dos policiais civis; o aumento da alíquota do Iperon e ainda discutiu o caso dos agentes penitenciários, que, aliás, não parece uma categoria trabalhadora, mas uma entidade sindical, que só vive de reivindicar direitos e avanços. Desde que foi criado no Estado, o grupo já conseguiu armar tantas confusões que já não se sabe quais são, realmente, suas verdadeiras reivindicações prioritárias.
Mesmo assim, os assuntos que lhes interessam estão sendo discutidas na ALE. Os deputados já estão em recesso. As convocações dos últimos dois dias foram extraordinárias e continuarão sendo assim, caso seja necessário estender o período de votações. O presidente Maurão de Carvalho, que conseguiu controlar as votações, mesmo nos momentos mais tensos e de bate boca, quer limpar a pauta. Os deputados cumpriram seu papel com respeito aos rondonienses.
É MUITO DINHEIRO!
Os vereadores podem pensar muito nos próprios bolsos, mas otários não são. Quando sentiram a violenta pressão e a reação da sociedade, recuaram ligeirinho da ideia, que estava andando sim (apesar de alguns desmentidos), em direção de um aumento de salários para 18 mil reais. Mudaram rapidamente de decisão. O salário deles será de 12.750 reais, o que já é algo que beira o absurdo.
Antes de encerrar o último ano da atual legislatura, uma das piores dos últimos anos, os nobres edis também confirmaram a grana do prefeito em 21 mil reais e do vice em 19 mil (aliás, valor também muito alto, já que o vice é quase uma figura decorativa na administração). Secretários municipais vão receber 15 mil reais e adjuntos 10.500. Com exceção do Prefeito, que realmente tem que dar duro e levar a cidade nas costas, todos os demais vencimentos são exagerados. Pronto, falei!
APOIO A UMA ASSASSINA
Não se deveria deixar passar em branco, sem protestar com veemência , em relação ao caso de decisão de um juiz do Rio de Janeiro que mandou soltar uma assassina, alegando que ela não oferece perigo à sociedade. Como é que é, cara pálida? Uma pessoa que mandou matar o companheiro, ganhador de um prêmio milionário da Mega Sena; que contratou os assassinos; que os pagou; que ficou com toda a fortuna do morto, não é um perigo para a sociedade? Dois dias depois de condenada em júri popular a mais de 20 anos de cadeia, a viúva criminosa foi autorizada a deixar a cadeia, desde que usasse tornozeleira eletrônica. Contra uma aberração dessas, não é possível que nenhuma voz se eleve para protestar. Realmente, uma decisão assim é de revolver o estômago e dar ânsia de vômito!
VOTO DE SILÊNCIO
A poucos dias da troca de comando na Prefeitura de Porto Velho, duas verdades. A primeira: o governo Mauro Nazif terminou há muito tempo. Além do feijão e arroz e do dia a dia, nada mais está sendo feito. Todo o contexto da administração está contando não só os dias, mas também as horas e os minutos que faltam para que o município seja entregue a Hildon Chaves, o eleito para os próximos quatro anos. A outra: faltando onze dias para a posse, Dr, Hildon ainda não tem seu time completo. Não anunciou qualquer membro da equipe; não fala sobre quais as prioridades logo assuma; tem evitado contato com a imprensa s
obre esses temas. É um momento diferente. Antes, os eleitos tomavam conta da mídia, desde o fechar das urnas até chegarem ao poder. Agora, Hildon faz diferente. Não fala, não comenta, não anuncia, não promete. Espera-se que ele já tenha tudo acertado para começar seu governo e que, enfim, dê a Porto Velho a dignidade e a grandeza que a Capital dos rondonienses merece.
PERGUNTINHA
Será que vamos assistir algum dia a volta da Estrada de Ferro Madeira Mamoré como nossa maior atração histórica ou continuará a sucessão de autoridades de todos os tamanhos a tomar medidas mediáticas, que nada resolvem na prática?
Fonte:Sérgio Pires
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