Por Gabrielly Martins
A Secretaria da Mulher do Acre (Semulher) realizou nesta sexta-feira, 21, em Rio Branco, o Encontro de Formação da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, com objetivo de fortalecer as políticas públicas para esse setor da sociedade. A oficina abrange as áreas da saúde, assistência social e justiça e segurança pública e foi ministrada para os servidores das instituições que integram a rede de apoio.
A formação faz parte das ações previstas no Convênio n° 951572, com o Ministério das Mulheres, e busca qualificar os servidores dos órgãos integrantes para que possam operar como pontos focais em sua atuação, estando capacitados para atender mulheres em situação de violência e vulnerabilidade, oferecendo atendimento de urgência e emergência especializado.
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De acordo com a secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, a execução do trabalho é positiva para o estado. “Essas formações promovem ganhos para o Acre, como a redução do feminicídio, e também viabilizam que mais mulheres procurem ajuda, busquem pelas delegacias, fazendo com que a gente mude a realidade no que diz respeito ao atendimento voltado às mulheres em situação de violência”, disse a secretária.
O convênio também prevê a qualificação de gestoras municipais e integrantes da rede de apoio de 13 municípios acreanos: Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Jordão, Santa Rosa do Purus, Brasileia, Capixaba, Porto Acre, Senador Guiomard e Rio Branco.
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Durante o encontro, a chefe do Departamento de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Semulher, Joelda Pais, responsável pela apresentação do fluxograma de atendimento da rede, destacou a importância da participação ativa de toda a equipe. “Hoje nós estamos realizando a apresentação da proposta metodológica para que todos participem da construção efetiva do fluxograma e sejam formadores em suas respectivas áreas”, afirmou.
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“Este momento é importante para que a rede venha a funcionar de forma mais célere e rápida, levando atendimento de forma prioritária na saúde, com o acolhimento adequado para reduzir os danos causados pela revitimização, e também auxilia em outros processos, como a rapidez nos processos de solicitação de medida protetiva e assistência social”, reiterou a diretora de Políticas Públicas para Mulheres da Semulher, Laura Sousa.
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Segundo a representante da Diretoria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEASDH), Carolina Pisano, o momento de capacitação será essencial para fortalecer os municípios e as políticas de promoção do direito das mulheres. “Esse momento é bastante decisivo e importante na construção de fluxos e de resgate e fortalecimento daquilo que já está sendo feito, e entender de que forma nós podemos contribuir para as ações e principalmente, como nós podemos melhorar o atendimento e o acolhimento às mulheres”, relatou.