Presidente da CPI, a tucana quer acesso do colegiado a todos os procedimentos investigatórios criminais, em andamento ou concluídos, incluída a documentação sigilosa neles contida, que tenham por objeto a apuração de ilicitudes relacionadas à publicidade digital promovida pelo governo nos últimos 10 anos.
A pedido do deputado Sandro Alex (PPS-PR), responsável pelas denúncias feitas semana passada na presença do ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, foi acrescentado no requerimento o compartilhamento de informações relativas a investigações envolvendo sites com conteúdo audiovisual ilícito, ou seja, pirata.
De acordo com Mariana, os requerimentos deliberados nesta semana são reflexos das denúncias apresentadas na quinta passada. Segundo Sandro Alex, as propagandas foram retiradas das páginas um dia após a audiência da CPI.
O parlamentar explicou que os anúncios do governo federal são distribuídos nas mídias digitais automaticamente por meio de uma ferramenta chamada mídia programática, que leva em conta as audiências dos sites. No entanto, a ferramenta não faz distinção entre sites lícitos e aqueles que violam direitos autorais.
“Não se pode permitir que o Governo Federal financie, deliberadamente ou não, grupos criminosos por meio de contratos de publicidade digital, sendo imperioso a esta comissão investigar mais a fundo esses fatos, para que seja possível responsabilizar todos os envolvidos”, diz trecho dos requerimentos de Mariana Carvalho.