O empresário e profissional de marketing e publicidade David Candelório Júnior participou, nesta segunda-feira (18 de agosto), da edição nº 84 do Podcast Folha Nobre, conduzido pelo jornalista Ivan Lara, especialista em marketing político e comunicação governamental. No bate-papo, David relembrou sua chegada a Rondônia, os primeiros trabalhos, a paixão pela fotografia, a experiência nos Estados Unidos e a atuação em campanhas eleitorais.
Logo no início da entrevista, ele esclareceu seu nome. “É David (Deivid). Mas todo mundo chama de Davi, então é… sempre foi chamado Davi. Até se alguém me chamar de David (Deivid), às vezes eu nem… pode ser que eu não responda, porque não é costume. Mas é David, na certidão é David”.
Natural de Altônia, no noroeste do Paraná, David contou sobre a infância na cidade conhecida como “capital do café” na década de 1980. “Eu nasci lá em 1980. Vivi lá até os meus 14 anos e depois um belo dia meu pai decidiu vir pra Rondônia. Já tinha alguns parentes aqui em Rondônia, em Ariquemes. Minha tia esteve lá passeando e aí contou daqui, aí minha irmã pegou e veio passear aqui também e decidiu ficar. Aí meus pais… meu pai resolveu vender o que a gente tinha lá e viemos se aventurar aqui”.
Ao chegar a Ariquemes, a diferença entre as cidades foi um choque. “Quando eu cheguei, que eu desci do caminhão, que eu olhei, assim, aquele poeirão, tudo muito diferente das cidades do Paraná, que já era bem mais desenvolvida na época, toda asfaltadinha, era pequena, mas era toda asfaltadinha. (…) Eu olhei e falei, cara, o que meu pai fez fazer aqui nesse lugar?”.
Ainda jovem, David começou a trabalhar em Ariquemes. Ele lembrou da primeira oportunidade. “Surgiu uma vaga de office boy lá no extinto Country Clube, lá no Setor 2. (…) Eu levantava cedo, a mãe fazia o café, eu tomava o café, pegava a minha bike, ia lá pro Setor 2, pegava pastinha de cobrança, vinha pro centro ali, ia nas madeireiras fazer cobrança, voltava pro Country, deixava os dinheiros, as cobranças que eu tinha feito, vinha pra casa, tomava um banho, almoçava e ia pra escola”.
Pouco tempo depois, surgiu o contato com a fotografia, que mudaria sua trajetória. “O Pepe me ensinou, que era o dono ali, um dos donos, me ensinou a fotografar. Eu revelava foto, comecei a trabalhar também operando na máquina de revelar foto, mas principalmente na área de fotografia. Aí foi quando eu peguei muito gosto, porque ele era um excelente profissional, ele tinha muita paciência para ensinar e eu nunca tive dificuldade de aprender”.
Nos anos 2000, David decidiu tentar a vida nos Estados Unidos. “Eu queria casar, mas eu sabia que eu ia sofrer demais aqui. Falei, não, eu vou pra lá. (…) Quem disse que tinha dinheiro pros Estados Unidos? Nem tentei visto, fomos pelo México. Fiz empréstimo, vendi uma bis que eu tinha. (…) Em 2004, nós pagamos 21 mil reais à vista”.
Ele recordou as dificuldades. “O primeiro ano foi muito difícil porque eu cheguei no inverno. Eu cheguei lá no dia 1º de novembro. Já era inverno em Boston. Frio, frio, frio. E eu totalmente despreparado, mas a gente já tinha lugar pra ficar”.
Após três anos, retornou ao Brasil e voltou a trabalhar na área de publicidade. “Aí o Jumar sempre falou, quando você voltar, você vem para cá. (…) Ele falou, você vem pra ser mais um sócio da produtora. (…) E nisso a gente até comprou uma câmera e trouxemos pra trabalhar aqui, que na época era uma das primeiras que já era mini DV”.
A primeira campanha política foi em 2000. “Eu não me lembro o ano exato, mas foi na eleição do Amorim pra prefeito. Foi nessa eleição a primeira que eu trabalhei”. Desde então, ele participou de várias campanhas, incluindo Ernandes Amorim, Daniela Amorim, Lorival Amorim, Saulo Pignaton e Alex Redano. Também integrou a equipe que conduziu a campanha de Carla Redano em 2020. “Foi muito bom fazer a campanha dela naquela época. Foi muito melhor que a de reeleição, você sabe muito bem”. Em 2024, produziu e coordenou a campanha de reeleição de Carla Redano.
David destacou ainda a importância da família e da fé cristã. “Eu sou Adventista, ela (Josi) é católica. (…) Em casa a gente não ensina o adventismo ou catolicismo, em casa a gente ensina para os nossos filhos sobre Deus, sobre Jesus, sobre o amor. É isso que a gente prega para os nossos filhos”.
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