Polícia Civil divulgou que a causa da morte foi hemorragia devido as perfurações. Dona da casa fugiu do local e é procurada para prestar depoimentos.
Polícia Civil de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, divulgou na manhã desta segunda-feira (10), que a causa da morte do agente penitenciário de 38 anos encontrado em uma residência localizada na Rua Beira-rio, no Setor 11 foi hemorragia proveniente de perfurações por golpes de faca e espeto de churrasco. Conforme a PC, a residência onde o corpo foi encontrado pertence a uma mulher que chegou ao local com a vítima, presenciou a morte e fugiu em seguida.
De acordo com o delegado regional, Rodrigo Duarte, o corpo do agente apresentava diversas perfurações de objetos cortantes e que o médico legista encontrou a lâmina de uma faca no abdômen da vítima.
“Foram utilizados pelos suspeitos instrumentos normalmente utilizados em churrasco como o espeto e garfo. Todos os objetos continham sangue e fora encontrados pela perícia para realizar os exames de constatação e eficiência. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e após a autópsia, se concluiu que a causa da morte foi a hemorragia em decorrência destes ferimentos”, comenta.
Segundo o delegado, a residência onde ocorreu o homicídio pertence a uma mulher, com quem o agente penitenciário teria ido a uma boate, acompanhado de outras pessoas durante a noite anterior. Ao chegar na residência, um desentendimento no imóvel teria provocado uma luta corporal.
“Exames realizados pelo médico legista apontaram a existência dos traumas na cabeça da vítima, então a possibilidade é de que o agente, por possuir um porte físico forte, deve ter sido golpeado primeiramente e ao cair desacordado foi esfaqueado. De forma brutal, um dos espetos ficou ao final da ação criminosa fincada no pescoço do agente, causando uma hemorragia muito grande que levou ao óbito”, relata Rodrigo Duarte.
O agente penitenciário chegou ao imóvel em seu automóvel, o qual foi encontrado no local com a maçaneta forçada e com todos os objetos da vítima. “Uma equipe de datiloscopistas realizaram a coleta de impressões digitais presentes no carro. Como ele foi para este local, o qual acredita que ele não estava sozinho, esta pessoa que matou ou testemunhou a morte pode ter sido transportada por ele e as digitais no veículo devem esclarecer os fatos”, revela o delegado.
Conforme Duarte, a princípio a polícia trabalha com a hipótese de crime passional devido a algum excesso de ira acontecido antes de iniciar o homicídio.
“O centro de investigação neste caso é a mulher, que seria a dona da casa e acompanhante da vítima até lá, por que se ela não praticou o crime, com certeza ela tem conhecimento de como ocorreu, o motivo e os autores. Este desaparecimento dela não há indícios de que seja criminoso, mas não há razão para que ela não apareça para prestar os esclarecimentos, fizemos visitas a alguns familiares em busca dela e acreditamos que ela esteja viva”, diz o delegado.
A dona da residência que fugiu do local após o crime ainda não foi localizada, mas caso ela não se apresente para prestar depoimento, é possível que a polícia envie para a Justiça o pedido de prisão dela.
O corpo do agente penitenciário foi velado na manhã desta segunda-feira na Capela Ecumênica de Ariquemes e o enterro acontece a partir das 14h, no município.
Fonte: G1Rondônia