O novo Fiat Argo é, sem dúvida, um dos principais lançamentos do ano. Ansiosa pela chegada do modelo, Autoesporte dirigiu a versão de entrada do hatch com motor 1.0 e câmbio manual de 5 velocidades logo depois dela desembarcar na concessionária. Entre os principais concorrentes estão: Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Ford Ka. Descubra o que achamos do hatch que substitui o Punto e algumas versões do Palio.
Logo que dei de cara com o Argo Drive 1.0 de três cilindros (77 cv a 6.250 rpm) confirmei o que os nossos flagras e os catálogos dos concessionários previam: a versão 1.0 não terá farol de neblina de série, mas virá com repetidores de seta. Dentro do hatch, muitos detalhes lembram os irmãos Renegade e Toro, como o volante e o painel de instrumentos. Sem rebarbas ou peças mal encaixadas, o painel do Argo é feito de materiais de boa qualidade. A entrada USB e auxiliar ficam perto da manopla. Não existem muitos porta-objetos e falta espaço exclusivo para colocar o celular.
A lista de itens de série para a configuração Drive 1.0 é: direção elétrica progressiva, ar-condicionado, display de alta resolução no quadro de instrumentos, banco do motorista com ajuste de altura, cintos de segurança retráteis de três pontos para todos os ocupantes, sistema Start&Stop, ISOFIX, travas elétricas e vidros dianteiros com acionamento elétrico. Falta ajuste de altura e de profundida para o volante e controle de tração e estabilidade, que só estará disponível a partir do Argo 1.3 GSR.
Já no banco de trás, o Argo impressiona pelo espaço para as pernas. Com o banco do motorista ajustado para mim (tenho 1,64 m), ainda restava mais de dois palmos entre os meus joelhos e o banco da frente, que possui um recuo no molde traseiro para aumentar o espaço para as pernas dos ocupantes. O porta-luvas tem iluminação, mas é do tipo que despenca. Falta luz de cortesia para os espelhos do para-sol.
Hora de colocar o Argo na rua! O primeiro detalhe que me chamou atenção foi a direção – para sair do estacionamento, precisei manobrar o hatch, que tem a direção elétrica extremamente leve. A impressão se repete ao rodar com o carro na rua. Com o curso longo, o câmbio também é um dos pontos positivos do carro – tem engates fáceis e macios. O pacote conjunto mecânico mais direção elétrica leve dará agilidade para o proprietário do Argo 1.0 no dia a dia.
Comparado a outros modelos 1.0 do mercado, o motor não deve em fôlego. As rotações, porém, são altas. O barulho chega a incomodar? Não, pelo menos na cidade, o ruído do motor não invade a cabine. A vibração, típica dos motores três cilindros, também não incomoda. O ajuste de suspensão, porém, é não é firme, como do Volkswagen up!, por exemplo. Quem era proprietário de um Fiat Punto, irá notar a diferença. A suspensão é um pouco mole demais e, pelo menos nesta versão, fica fácil notar o molejo da carroceria.
Outra promessa do Argo de entrada? Economia de combustível. Segundo o Compet (Programa de Etiquetagem do Inmetro), o Argo fará 14,2 km/l com gasolina na cidade e 9,9 km/l com etanol. Na estrada, serão 15,1 km/l com gasolina e 10,7 km/l com etanol.
Vale dizer que esta foi apenas uma primeira volta com o Argo, para revelar as primeiras impressões do modelo. Ainda iremos levar o hatch para a nossa pista de testes e avaliar as demais configurações 1.3 e 1.8. Confira nosso site nas próximas semanas.
Motor: Dianteiro, transversal, 3 cil. em linha, 1.0, 6V, flex
Potência: 77 a 6.250 rpm e 72 cv a 6.000 rpm
Torque: 10,9 kgfm a 3.250 rpm e 10,4 kgfm a 3.250 rpm
Câmbio: Manual de 5 marchas, tração dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
Freios: Discos (dianteira) e tambores (traseira)
Pneus: 175/65 R14
Comprimento: 3,99 metros
Largura: 1,72 m
Altura: 1,50 m
Entre-eixos: 2,52 m
Tanque: 48 litros
Porta-malas: 300 litros (fabricante)
Peso: 1.105 kg
Fonte: Revistaautoesporte