As duas principais BRs de Rondônia estarão na pauta da Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça. Em relação a uma delas, a BR 364, vai-se falar sobre a recuperação de pelo menos mil quilômetros, mas nada de duplicação, porque essa questão, não é mais do que apenas um sonho de futurologia. Mas o caso da BR 319 será analisado mais profundamente, embora também com poucas chances de avançar. O problema da rodovia federal que liga Porto Velho a Manaus, empaca em decisões judiciais complicadas e lobys poderosos de donos de balsas e barcos, que não querem, de jeito nenhum, deixar a 319 ser concluída, porque isso pode representar o fim do lucrativo negócio delas. Recentemente, sem que se entenda realmente os motivos, a Justiça Federal, através de uma decisão monocrática de um magistrado, mandou de novo parar as obras da rodovia, agora, nesse momento em que as chuvas pararam e o trecho em reconstrução poderia avançar significativamente, até perto do final do ano. A OAB amazonense já avisou que vai recorrer da decisão e já o está fazendo. No que a subseção rondoniense apoiou totalmente. O presidente da OAB do Estado, o competente Andrey Cavalcanti, entrou nessa briga e colocou a entidade local ao lado dos nossos vizinhos, prestando todo o apoio aos seus colegas do Amazonas. Andrey, ao comentar o assunto, bateu num ponto óbvio: “não haveria necessidade de paralisação, com os prejuízos decorrentes disso para o erário, a população e produtores rurais da área”, lembrando os danos que tal decisão afeta no contexto da economia da região.
Vai mais longe, o presidente da subseção da OAB em Rondônia, em seu comentário sobre o a eventualidade de haver alguma irregularidade: “bastaria notificar o Dnit e o Ibama, para corrigir os problemas. É o que o bom senso recomenda”. Andrey Cavalcante sublinhou ainda que “não se pode esquecer que Rondônia é uma ilha de excelência na precariedade da conjuntura econômica nacional. E a abertura da Rodovia Porto Velho a Manaus, irá ampliar exponencialmente a contribuição da região para a recuperação do país”. Puro bom senso da OAB e seu presidente. Faltam agora mais ações e menos discursos, para que, finalmente, a região dê uma demonstração clara de que não aceita mais decisões absurdas, que atrasem seu crescimento. E só a união de forças pode fazer isso.
QUESTÕES ALIENÍGENAS
O que diz a OAB é o que dizem todas as autoridades, instituições e entidades que querem o bem de Rondônia e do Amazonas; aqueles que estão preocupados com questões alienígenas, que nada têm a ver com nossa realidade, nosso desenvolvimento, nosso progresso. Os recursos da OAB do Amazonas, com apoio da OAB de Rondônia, certamente terão peso importante no contexto da batalha pelo reinício das obras. Mas isso não basta. Os dois governos estaduais e as duas bancadas federais (todos os senadores e todos os deputados federais), têm que entrar de sola no assunto. Defender donos de balsas e barcos é se preocupar com a minoria e abandonar a grandeza do que é realmente importante para a região. O encontro desta terça, no Senado, pode ser decisivo. Tomara que não fiquem, os membros da Comissão e seus convidados, apenas com conversa mole e papo furado. Têm que agir, senão a 319 nunca vai ficar pronta.
BRASILEIRO E CHILENO
Durante uma semana, teremos um novo Presidente da República. Enquanto Michel Temer está no exterior, esperando que ao menos diminua a guerra contra ele (da Justiça, da Globo, de Joesley Batista; do PT e aliados), Rodrigo Maia comanda o País. Ele é o presidente da Câmara Federal e, pelo rito constitucional, é quem senta na cadeira Presidencial, enquanto Temer está fora. O nosso novo presidente é chileno de nascimento. Nasceu em Santiago em 12 de junho de 1970, quando seu pai, César Maia, estava exilado naquele país. Só pode assumir o comando do país porque também é cidadão brasileiro nato, já que também foi registrado na Embaixada Brasileira naquele país. Não o fosse, não poderia ocupar a Presidência, mesmo que provisoriamente. Rodrigo é casado, pai de três meninas e um menino e está na Câmara Federal desde 1998, quando foi eleito com quase 100 mil votos. Ele presidirá a Câmara até final do ano que vem.
PLANEJANDO O FUTURO
Mais uma dobradinha familiar está se desenhando na política rondoniense. O deputado Adelino Follador, eleito com quase 20 mil votos em mais um mandato para a Assembleia Legislativa, está ainda definindo seu futuro. Mas é muito provável que ele decida disputar uma cadeira à Câmara Federal. Para a Assembleia, Adelino vai apoiar seu filho Lucas, o jovem vice prefeito de Ariquemes. Lucas sai com grande chances de chegar onde quer. Além do apoio do pai, campeão de votos no Vale do Jamari, Lucas ainda certamente terá o aval do prefeito Thiago Flores, que está fazendo uma administração considerada bastante positiva em Ariquemes. Outra alternativa, de Thiago sair candidato à Assembleia ou Câmara Federal também tem sido aventada, mas nesse caso, os comentários têm menos intensidade. As conversações entre o grupo têm ocorrido constantemente, mas a definição sobre o futuro do trio só ocorrerá mesmo no primeiro semestre do ano que vem.
EMERSON E O ANO QUE VEM
Há um nome no primeiro time de Confúcio Moura, que tem sido citado em todas as rodas da política estadual, como muito viável, para disputar uma vaga na bancada federal rondoniense, em 2018. Emerson Castro, que já foi vereador, vice prefeito e Prefeito de Porto Velho tem dito que não pretende mais entrar em corridas políticas, mas tem ouvido, de vários setores, pedidos para ao menos considerar a possibilidade. Até agora, ele tem se mostrado firme no propósito e tem repetido que, por enquanto está totalmente dedicado à importante missão que lhe foi dada pelo Governador. Mas, ainda é muito cedo para se dizer que a posição é definitiva. Experiente, jovem, sujeito trabalhador e que tem merecido muitos elogios por seu trabalho de costura e entendimento entre vários setores, no comando da Casa Civil do Governo, Emerson é sim nome para se ficar de olho para 2018. Se ele mudar de ideia, pode ser uma boa opção, num momento em que o eleitor estará procurando não só caras novas, mas também gente competente e dedicada. Por enquanto, contudo, ele tem evitado falar muito sobre essa possibilidade.
CARNEIROS NO MATADOURO
Em pleno dia, em pleno domingo de manhã: um casal de assaltantes atacou um policial à paisana, roubou o carro dele, saiu em alta velocidade, passou no sinal vermelho, bateu num carro, quase matando a motorista. Outros três veículos foram danificados. Numa área nobre da Capital, no bairro São João Bosco (antigo Jardim América). Depois do crime, a dupla saiu tranquilamente, sem arranhões, deixando um rastro de destruição para trás. Só muito tempo depois apareceram policiais para ajudar o colega assaltado e as vítimas do acidente. Em pleno dia, numa cidade despoliciada, mesmo num bairro bem próximo ao centro, os canalhas atacam, sabendo que não serão confrontados. E se o forem, caso acabem presos, horas depois estarão soltos, pelas leis que foram produzidas para incentivar, ajudar, premiar os criminosos e ajudar a destruir suas vítimas, as pessoas do bem. É esse o País que permitimos que continuem nos empurrando goela abaixo, sem que nada façamos. Aliás, fazemos sim: o papel de carneirinhos mansos, indo, cabisbaixos, para o matadouro. Até quando vamos suportar isso tudo sem reagir?
AOS QUINTOS DOS INFERNOS
O destino de Aécio Neves começa a ser decidido nesta terça, no STF. A primeira turma vai analisar duas questões relacionadas com o tucano. Uma, que lhe dá de volta o cargo de senador, do qual ele está afastado por decisão do próprio Supremo. A outra, que pode decretar sua prisão, caso seja atendido pedido do procurador geral, Rodrigo Janot. São duas questões totalmente opostas. Uma, acena para a impunidade, porque devolve o poder a um denunciado como um grande corrupto da República, que teria enganado milhões de brasileiros durante muitos e muitos anos. A outra, começa a pôr um ponto final na carreira de uma liderança ilusória, que subiu ao poder pelas mãos do povo, mas que teria desonrado sua missão. O que se espera é que o STF faça a verdadeira Justiça, ignore as questões políticas e mande para os quintos dos infernos, ou seja, qualquer cadeia brasileira, não só Aécio e Lula, mas todos os envolvidos em corrupção, que roubaram o país e merecem estar atrás das grandes.
PERGUNTINHA
Até quando vamos assistir, de braços cruzados, a bandidagem tomando conta das cidades brasileiras e ainda defendida por discursos de seus amigos que, em nome dos direitos humanos, defendem assassinos cruéis todos os dias?
Fonte:Sérgio Pires