Roger Abdelmassih, de 74 anos, que voltou à prisão neste fim de semana após ficar livre por problemas de saúde, teve uma noite tranquila de sábado, 1º, para domingo, 2, no complexo prisional de Tremembé, no interior paulista.
Após o retorno, foi a primeira noite de Abdelmassih – que, mesmo estando com outros três detentos, também doentes, em uma cela perto da enfermaria do presídio, não necessitou de atendimento médico nenhuma vez.
Ele teve a prisão revogada e voltou à cadeia neste fim de semana após muita polêmica. Conhecido inicialmente por dar vida a uma grande quantidade de bebês com seus tratamentos de fertilização, Adelmassih acabou denunciado por abuso sexual contra dezenas de pacientes, que agora questionavam sua prisão domiciliar.
O Tribunal de Justiça (TJ-SP) revogou o benefício apenas uma semana após ser concedido pela juíza da Vara de Execuções Criminais (VEC) Sueli Zeraik. De volta a Tremembé, ele não deve ter problemas de relacionamento, já que está com pessoas que conhecia antes de retornar à prisão e na mesma cela.
Recurso
Abdelmassih deve seguir em regime fechado, enquanto defesa e Ministério Público discutem na Justiça, com laudos contraditórios sobre sua saúde, se ele pode ou não ficar encarcerado. Se precisar de atendimento médico, ele será levado para o hospital em Taubaté (SP).
“Hoje, em regime de plantão, será impetrado um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça e a decisão não deve tardar por o paciente ser pessoa idosa”, falou o advogado de defesa Antônio Celso Galadino Fraga. O ex-médico foi condenado pelo estupro de 48 pacientes.
Autor / Fonte: Estadão Rene Moreira