Morte do adolescente ocorreu há quase quatro anos, mas a polémica regressou agora ao espaço público depois de uma cadeia norte-americana de televisão ter tido acesso às imagens de videovigilância do aeroporto.
Cruz Marcelino Velázquez tinha apenas 16 anos quando morreu a 18 de novembro de 2013. O jovem mexicano havia viajado desde Tijuana, no México, até San Diego, na Califórnia.
E foi quando desembarcou em solo norte-americano que a tragédia ocorreu.
Dois agentes do serviço de controlo de fronteiras detetaram duas garrafas de plástico com um líquido amarelo no seu interior dentro da mala de Cruz. Desconfiados, os dois agentes disseram-lhe que bebesse uns goles daquilo que o jovem assegurava ser sumo de maçã.
Porém, algumas horas depois Cruz morreu devido a uma overdose, pois não bebeu um, mas sim quatro goles do líquido que tinha afinal metanfetaminas.
O caso seguiu para tribunal e, durante o julgamento, os agentes da autoridade garantiram não ter obrigado Cruz a beber nada, dizendo mesmo que havia sido ele a voluntariar-se a beber para comprovar que era sumo de maçã.
A família do jovem mexicano acabou por ser indemnizada pelos Estados Unidos da América em um milhão de euros, mas agora está aberto um novo capítulo na polémica, pois vieram a público as imagens que mostram o momento em que Cruz bebe o referido líquido.
O vídeo, obtido pela estação de televisão ABC News, mostra o jovem a conversar com os dois agentes da fronteira e a dar quatro goles numa das garrafas.
A polémica estalou porque nas imagens vê-se um dos agentes a dizer a Cruz que beba o conteúdo da garrafa, ao mesmo tempo que se ri para a colega, o que dá força à teoria de que os agentes sabiam – ou pelo menos desconfiavam – que o líquido continha metanfetaminas e, ainda assim, obrigaram o jovem a bebê-lo.
Assista a parte do documentário sobre o tema:
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