O dia 29 de Outubro é o Dia Nacional do livro. Que esse dia sirva para que nós todos, leitores e escritores, reflitamos sobre o futuro da literatura em nossa cidade, no nosso estado, no nosso país. Se não houver leitores, os livros não serão mais publicados, pois as editoras não resistirão e cessarão suas atividades, como já vem acontecendo com algumas delas. Então há que se repensar a educação neste nosso precário país, há que resgatá-la, há que cobrarmos atenção dos nossos governantes, tão relapsos até aqui, para com o ensino do primeiro grau, para que ele ganhe uma estrutura decente e seja melhor assistido e apoiado, para que os leitores em formação venham a adquirir o hábito da leitura.
O ensino fundamental, que é parte intrínseca da educação de nossas crianças, precisa de conteúdo programático apropriado, de professores qualificados, de escolas com manutenção e com equipamentos necessários. Para que os estudantes aprendam, efetivamente, a ler e a escrever e possam descobrir nos livros tudo o que eles podem oferecer.
O livro é o registro da nossa civilização, é a perenidade da palavra, não interessa se ele é tradicional, impresso em papel, ou electrónico, ou áudio. Um livro fechado, não lido, não existe. O livro só existe quando é lido, quando é recriado pelo leitor.
De maneira que precisamos levar nosso livro até o leitor, precisamos levar nossa obra até o leitor em formação, que está nas escolas, para que tenhamos mais e bons leitores um pouco adiante. Para que possamos comemorar um bom Dia do Livro em anos próximos. Porque o livro é o maior e mais importante instrumento para registrar, veicular, perenizar e transmitir conhecimento. Foi sempre assim e continuará sendo.
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras.http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br