De passagem pelas terras gaúchas o apresentador Luciano Huck conversou com o programa Timeline da Rádio Gaúcha. Ele contou que passou por Taquara gravando o quadro ‘Um por todos e todos por um’ que potencializa empreendedores sociais. Huck vai contar a história da ONG Vida Breve, criada pelo Airton, que perdeu a filha atropelada na RS-115 e transformou a dor em trabalho social através do hip hop. O programa ainda não tem data para ser exibido.
Na entrevista, ao ser questionando sobre as viagens e as diferenças que ele encontra pelo Brasil, Luciano disse que é um privilégio ser bem recebido na casa das pessoas sem crachá e sem intenção política. ‘Antropologicamente está me dando uma noção de Brasil muito rica’.
Sobre política, o apresentador afirmou que nunca fez campanha corpo a corpo e que nem pode em função do contrato com a Globo, mas acredita que faz política com o microfone na mão através das ações que promove. Sobre a atual situação política do país, Huck preferiu não entrar no debate sobre cassação e impeachment:
‘A gente tem que ressignificar a palavra política no Brasil. A gente tem que formar uma nova geração. Se você olhar para as melhores faculdades, é muito raro você pegar um bom administrador que queira trabalhar no setor público. Tem que formar uma geração nova.’
A ainda sobre política e economia ele ressaltou: ‘Acho que a gente vai ter um apagão de 10 anos no Brasil para retomar os 20 anos passados e retomar o crescimento da economia.’
Questionado se existiria a possibilidade de concorrer a um cargo político, ele disse: ‘Nada é impossível na vida. Nós artistas somos mimados. O carinho é muito maior que as críticas. Na política o seu amigo fala mal de você na televisão e depois vão tomar um chopp juntos. E eu não sei se teria estômago pra isso.’
Sobre o acidente de avião sofrido recentemente com a família, Luciano falou que o carinho e o amor das pessoas ajudou muito a enfrentar esse momento: ‘As pessoas nos colocaram no colo. É um processo, não é uma coisa que passou e resolveu. Estamos tentando constantemente transformar tudo que a gente passou, sentiu e viveu em aprendizado principalmente focado nas crianças. Não está digerido, está sendo digerido.’
Fonte: Arte Pop