A Casa Branca vai anunciar nesta sexta-feira (30) o envio de forças especiais à Síria para ajudar rebeldes sírios moderados a lutarem contra os jihadistas do Estado Islâmico, informaram fontes do governo e do Congresso. Uma das fontes, que pediu para não ser identificada, disse que Obama autorizou a ida de menos de 50 soldados ao país no Oriente Médio.
Outra autoridade, em condição de anonimato, acrescentou que os soldados ficarão limitados a “aconselhar e assistir” os opositores do governo do presidente Bashar al-Assad. Segundo a rede de TV NBC News, a fonte informou que as forças americanas serão estacionadas no norte da Síria junto a grupos que monitoram a ação do Estado Islâmico.
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— Nós temos nos concentrado em intensificar elementos de nossa estratégia que têm funcionado como também em afastar elementos de nossa abordagem que se mostraram menos efeitovs — informou a autoridade, segundo a NBC.
A medida faz parte de uma estratégia mais ampla de apoiar os rebeldes sírios moderados, ao mesmo tempo em que o governo americano intensifica os esforços para chegar a uma solução diplomática para a guerra civil que já dura mais de quatro anos.
A decisão americana inclui novas forças de operação especiais em Erbil, no norte do Iraque, cooperação “intensificada” com os iraquianos na retomada de Ramadi e assistência de segurança expandida à Jordânia e ao Líbano, informou uma fonte sênior do Congresso.
Para conter o EI, Obama também autorizou o envio de jatos A-10 e F-15 à base aérea Incirlik na Turquia, de acordo com as fontes.
As ações vêm após a Rússia intensificar a ação militar na Síria no último mês em apoio ao regime de Assad. A Rússia afirma que as ofensivas têm como alvo o Estado Islâmico, mas grupos rebeldes e potências ocidentais afirmam que o governo russo visa acertar os opositores do presidente sírio.
O secretário de Estado americano, John Kerry, está em Viena junto a autoridades de mais de 20 países para discutir o fim do conflito na Síria. Países como os Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita, Qatar, França e Reino Unido apoiam uma transição política que retire Assad do poder. Já a Rússia e o Irã, que participa pela primeira vez das conversas, são aliados do governo sírio.
Fonte: O Globo