O jantar oferecido na noite desta terça-feira por grandes beneméritos do Vasco à cúpula da chapa encabeçada pela dupla Júlio Brant e Alexandre Campello foi mesmo de confraternização _ nada mais do que isso.
E é uma pena!
Seria um bom momento para os ícones que uniram a oposição vascaína oficializarem o modelo de gestão para o departamento de futebol do clube.
Mais até: momento de anunciarem os acordos feitos na costura da união política às vésperas do pleito de oito de novembro que derrubou Eurico Miranda.
Conselheiros da “Frente Vasco Livre”, que indicou Campello à presidência, garantem que o então candidato ficará à frente do comitê gestor do futebol.
O ex-médico do clube desconversa e diz que a composição da nova diretoria ainda não está oficialmente fechada.
Mas o propósito de Brant, líder da chapa “Sempre Vasco”, reconhecido pela Justiça como o presidente para o próximo triênio, parece bem definido.
Em recente conversa com o blog, ele defendeu a adoção de um comando linerar no futebol, garantindo relevância às opiniões de ex-jogadores do clube.
E falou especificamente dos casos de Felipe, Pedrinho e Mauro Galvão, ídolos que apoiaram sua candidatura.
Edmundo, um dos idealizadores do seu projeto de gestão, não faria parte do grupo, oficialmente, atuando como “conselheiro informal”.
DE KLAUSS…
Cinco nomes já aparecem como cotados para assumir a direção do futebol _ cargo que era ocupado gerencialmente por Anderson Barros.
Seriam eles: Klauss Câmara, Gabriel Skinner, Gustavo Bueno, Felipe Ximene, e Rodrigo Caetano.
Não exatamente neste ordem, mas com suposta preferência pelo primeiro, que confirmou ter sido sondado pelo ex-jogador Felipe, membro do tal comitê gestor.
Trata-se do ex-gerente da base do Cruzeiro, com passagens na coordenação da base de Fluminense, Atlético-PR e Figueirense.
Também um ex-atleta do clube, hoje com 37 anos, que se formou em educação física e fez cursos de capacitação em gestão esportiva.
Em dezembro de 2016, Klauss foi chamado a ajudar o presidente Gilvan de Pinho Tavares no fechamento da contratação de Thiago Neves.
O então executivo de futebol Thiago Scuro, incomodado com a chegada do ex-meia Tinga à pasta, havia acabado de deixar o cargo por falta de autonomia.
Klauss conseguiu concluir a operação, não se incomodou em dividir os holofotes e foi promovido aos profissionais em janeiro, último ano da gestão de Gilvan.
… A CAETANO
Acontece que Campello defendeu em campanha que a atual situação do Vasco exigiria um profissional qualifcado e que já conhecesse as mazelas do clube.
E se for mesmo o escolhido para assumir a vice-presidência de futebol, como alertam seus aliados, a ideia é o retorno de Rodrigo Caetano, hoje no Famengo.
O ex-médico do Vasco jamais escondeu a admiração pelo trabalho do executivo com quem trabalhou entre 2009 e 2011, e acredita ser ele o gestor ideal.
O problema é que Caetano tem contrato até dezembro de 2018 e, embora esteja num momento desconfortável, se mostra engajado ao projeto rubro-negro.
Neste caso, os nomes de Gustavo Bueno, da Ponte Preta, e Felipe Ximenes, com rodagem por vários clubes, se enquadrariam como opção.
Vejamos, portanto, como será na prática essa união de ideias, selada às pressas, visando à modernização do modelo administrativo do Vasco.
A tentativa de se desprender da gestão familiar adotada por Eurico Miranda desde seu primeiro mandato em 2001 é hoje o maior desafio do clube.
Um passo em falso trará de volta o fantasma que assombrou São Januário nos piores dias da “união política” proposta pela administração Roberto Dinamite.
Com três rebaixamentos no currículo, os vascaínos não se podem mais dar o luxo de brincar com sua crise política, administrativa e financeira…
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal – Extra Online
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