Já se foi o tempo que bom volante era aquele atleta que dotava de um grande poder de marcação. Hoje em dia, para se ter sucesso na posição, outras virtudes são indispensáveis. Em 2017, na equipe sub-11 do Vasco da Gama, os jovens atletas Caio e Riquelme se destacaram apresentando essas características, seguindo assim uma tradição recente do clube, que nos últimos anos se destacou na revelação de jogadores que exercem essa função.
Dono da camisa 5 no Pré-Mirim, Riquelme pratica futebol desde os três anos de idade. O que era apenas lazer se tornou algo sério em 2015, quando o garoto chamou atenção do Almirante atuando por Grajaú Country e Tijuca TC, clubes tradicionais da capital carioca. Em São Januário, ele manteve o bom nível de atuações e se tornou peça fundamental na Geração 2006 do Gigante da Colina.
– Foi um ano muito especial para a gente, conquistamos títulos, mas é preciso manter essa pegada para ser campeão também no ano que vem. O nosso segredo é o trabalho em equipe, um sempre corre pelo outro. O nosso treinador sempre fala que quem não tem um grupo forte, não ganha títulos. Ele pede sempre para entrar ligado, ter garra, determinação e nunca desistir – afirmou Riquelme, revelando em seguida admiração por Douglas.
– Eu tenho uma boa marcação, mas também gosto de chegar no ataque para dar passe, lançamento e chutar. Quem eu admiro é o Douglas porque ele não tinha medo de jogar, aparecia sempre no ataque. Acho que um volante não pode cansar rápido, até porque tem que marcar e saber sair para o jogo. E jogar no Vasco é bom, um time grande e que tem essa boa estrutura. Eu gosto de ficar aqui com meus amigos – acrescentou o jovem.
Nascido em Bacabau, no Maranhão, Caio foi descoberto pelo Cruzmaltino em 2016, depois de se destacar na Copa Dente de Leite com a camisa do Boavista. Ao contrário de Riquelme, o nordestino não foi titular desde o início e precisou trabalhar firme para conquistar um espaço na equipe. A vaga entre os 11 iniciais só foi conquistada na reta final do Metropolitano, por conta das boas atuações e do título de melhor jogador da Copa Light.
– Só consegui virar titular no final do Metropolitano. Eu me dediquei bastante e dei meu sangue nos treinamentos para entrar no time. Foi quando o treinador me chamou e disse que estava gostando da minha dedicação. Fiquei muito feliz quando fui eleito o melhor jogador da Copa Light. Quando falaram meu nome, eu nem acreditei. Foi emocionante – declarou Caio, que não escondeu a emoção ao falar sobre a chance de jogar no Vasco.
– Eu não imaginava que um dia estaria aqui jogando no Vasco. Eu vim para cá apenas para passear, mas meu pai me colocou no Boavista e logo depois acabei chegando aqui. É um sonho para mim jogar num clube grande. Quem eu gosto de ver jogando no clube é o Evander. Ele tem bom passe, boa visão de jogo e chuta muito. Nosso time é bom. Apesar da gente não ter vencido o Metropolitano, fomos campeões da Copa Dente de Leite e da Copa Light. Demos a vida em todos os jogos e não perdemos para ninguém – concluiu o pequeno volante.
Contando com o talento dos talentos Riquelme e Caio, a Geração 2006 encerrou a temporada de 2017 com os títulos da Copa Dente de Leite e da Copa Light. O sub-11 não subiu ao lugar mais alto do pódio no Campeonato Metropolitano, porém fez uma campanha espetacular e se despediu do torneio na semifinal sem perder nenhuma partida. Foram 12 vitórias e dois empates em 14 partidas disputadas.
Riquelme e Caio exibem a Cruz de Malta com orgulhoRiquelme e Caio admiram jogadores revelados em São JanuárioRiquelme e Caio brilharam pelo sub-11 em 2017
Fonte: Site oficial do Vasco
Folha Nobre - Desde 2013 - ©