Em passagem por Teresina, onde participou do lançamento do uniforme do River-PI e da apresentação do seu filho, Rodrigo Dinamite, no time piauiense, Roberto Dinamite falou sobre assuntos relacionados ao Vasco, entre eles a polêmica eleição para presidência do clube carioca. Dinamite, que já ocupou o cargo, se referiu aos votos supostamente irregulares da urna 7, que deram a vitória a Eurico Miranda sobre Júlio Brant, mas foram posteriormente suspensos pela Justiça.
– Eu acho que essa urna 7 se repete em várias eleições e eu espero que possa ser definida essa situação o mais rápido possível – disse Dinamite.
O ex-presidente vascaíno afirmou ainda que a demora em homologar o resultado da eleição, devido às investigações e processos que correm na Justiça, prejudicam o clube e podem até comprometer o desempenho da equipe na Libertadores, principal competição da equipe na temporada.
– A instituição não pode ficar, para iniciar uma pré-libertadores, com um presidente contratando alguns jogadores com outro estando eleito. Atrapalha o planejamento, as contratações, atrapalha a definição da diretoria que vai estar assumindo, então quanto mais rápido ser resolvido isso, é benéfico principalmente para o Vasco. Quando esteve na Libertadores o Vasco foi um dos clubes brasileiros que jogou o melhor futebol, mas para que isso aconteça o clube tem que ter tranquilidade.
Apesar de dar sua opinião sobre a política vascaína, Dinamite descarta qualquer possibilidade de retornar ao clube como presidente. Para ele, o importante no momento é que uma nova diretoria assuma, mas sem o seu nome envolvido.
– Foi uma experiência até boa, mas não pretendo voltar a ser presidente do Vasco. Vou torcer para que a chapa que ganhou a eleição possa ser confirmada e com isso mudar também o rumo do Vasco para os próximos anos – finalizou.
Em decisão expedida pela desembargadora Márcia Alvarenga, da 12ª Câmara Cível, os votos da urna 7 ficam invalidados. Sem eles, quem fica em primeiro lugar é a chapa “Sempre Vasco Livre”, de Julio Brant, com 1.933 votos. Em segundo lugar está a “Reconstruindo o Vasco”, de Eurico Miranda, com 1.683 votos.
O caso
A Justiça determinou que 691 sócios do Vasco votassem numa urna separada na eleição – todos eles se associaram nos dois últimos meses de 2015, quando se registrou um número acima da média de adesões.
Na eleição, esta urna fez a diferença na vitória de Eurico: 90% dos votos foram a favor do atual presidente. Com isso, a urna foi entregue em juízo, e o Vasco teve de comprovar a regularidade dos sócios que votaram.
Fonte: GloboEsporte.com
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