O governador Geraldo Alckmin assinou nesta sexta-feira, 5, a autorização para as obras de reversão das águas do rio Itapanhaú para o Sistema Produtor Alto Tietê. A medida traz um grande benefício para os moradores da capital e da Região Metropolitana de São Paulo, já que permitirá bombear, em média, 2.000 litros de água por segundo para aumentar a segurança hídrica.
?Junto com outras duas obras que estamos finalizando ? a interligação Jaguari-Atibainha e o Sistema São Lourenço ? vamos aumentar até o máximo de 16 m³/s a capacidade de abastecimento para a Grande São Paulo, o suficiente para cinco milhões de pessoas. São obras não só para agora, mas para o futuro?, afirmou o governador.
O investimento será de R$ 91,7 milhões. Será construída uma estrutura de bombeamento no ribeirão Sertãozinho, um formador do rio Itapanhaú. A água captada do ribeirão será transferida por tubulação até o reservatório Biritiba-Mirim, que faz parte do Sistema Alto Tietê. Dessa forma, a Sabesp terá mais água à disposição para tratar e distribuir às casas, comércios e indústrias. A obra deve gerar 1.070 empregos diretos e indiretos.
O bombeamento das águas do Itapanhaú beneficiará diretamente cerca de 4,5 milhões de moradores que são abastecidos pelo Sistema Alto Tietê e, indiretamente, cerca de 21 milhões de pessoas que moram e trabalham na capital e Grande São Paulo, já que a Sabesp possui um sistema interligado e que pode realizar manobras operacionais no aproveitamento dessa água nova.
A captação de água do Itapanhaú será de 2.000 litros por segundo na média anual, respeitando a outorga definida e a disponibilidade hídrica da bacia. Essa vazão equivale ao consumo de 600 mil pessoas.
O modelo de captação escolhido pela Sabesp para esta obra é semelhante ao utilizado em Nova York (The Catskill Aqueduct). Há pelo menos 150 anos, a água que abastece os nova-iorquinos vem das montanhas que ficam a cerca de 160 quilômetros da cidade. A água tem qualidade superior, já que os rios praticamente não sofrem impacto da ação humana. O mesmo acontece com a água que será captada do rio Itapanhaú.
Essa obra se soma a outras duas construções já em conclusão com o objetivo de aumentar a segurança hídrica e a oferta de água da capital e da Grande São Paulo. O novo Sistema São Lourenço vai produzir média de 6.400 litros por segundo de água para abastecer cerca de dois milhões de pessoas.
Já a interligação Jaguari-Atibainha permitirá bombear, em média, 5.130 litros por segundo de águas do Vale do Paraíba para o Sistema Cantareira. A obra funcionará também no sentido inverso quando necessário. Seu objetivo é aumentar o estoque de água disponível nas represas.
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