Não foi à toa que Joel Carli foi o primeiro escalado para dar entrevista coletiva na temporada de 2018. O zagueiro argentino de 31 anos é o capitão alvinegro e dos jogadores mais experientes do elenco. E será, com certeza, o representante do novo treinador, Felipe Conceição, dentro das quatro linhas. E uma das principais missões é ajudar a comandar a garotada.
Em entrevista ao “Tá Na Área” neste sábado, Carli revelou sentir prazer com a responsabilidade de liderar mais uma vez dentro de campo o grupo alvinegro. Mais adaptado ao futebol brasileiro, não vai pensar duas vezes na hora de dar broncas nos colegais mais jovens. Sonhar com a Copa da Rússia pela seleção argentina ele ainda sonha, mas sabe que não vai ser nada fácil.
– Difícil. É meu sonho, que eu não perco nunca, desse bendito Mundial, mas sei que é muito complicado e difícil. E estou muito contente, feliz em fazer o meu trabalho no Botafogo. Sinto com prazer essa responsabilidade. Tem que ajudar, apoiar. Tem que puxar muitas orelhas… Acontece muito isso no futebol o jogador chegar achando que já está pronto. E o mais difícil não é chegar, é se manter no futebol profissional. Tem que ter muita competência dentro do time. O puxão de orelha serve para que fiquem ligados, sempre tem coisa para melhorar e superar.
Mais experiente, Joel Carli diz que “tem que dar puxão de orelha nos garotos do Bota”
Veja outros assuntos da entrevista:
FELIPE CONCEIÇÃO– Minha relação com ele é muito boa, ele é um profissional que já estava trabalhando com a gente como auxiliar do Jair. Penso que, assim comos os jogadores, os treinadores merecem uma oportunidade.
ÍDOLO NA POSIÇÃO– Um zagueiro que jogava pela esquerda, o Walter Samuel (ex-seleção argentina, Boca Juniors, Roma, Real Madrid, Inter de Milão). Não é a mesma característica porque ele jogava muito bem com a bola, eu não consigo (risos). Mas eu sempre o admirei.
ARGENTINA NA COPA– Hoje está num processo em que está melhorando muito. Precisa de trabalho para a gente voltar com fé de que pode conseguir este Mundial.
ARGENTINA OU BRASIL?– Argentina, sem dúvida. Meu filho, quando não estava certa a classificação, falou: “Pai, se a Argentina não for ao Mundial, vou torcer para o Brasil (risos).
PROBLEMAS COM LESÕES– Eu vim de um futebol onde só jogava fim de semana, domingo, sábado. Foi difícil para mim o primeiro ano. mas no segundo ano consegui jogar, acho que 49 jogos. E a gente sempre aprende também quando chega a um futebol novo com estilo de jogo, e eu aprendi o que precisava para ganhar essa quantidade de jogos.
MOMENTO NA CARREIRA– Vivo um momento muito bom na minha carreira porque deixei de ser um garoto, já com 31 anos. Mas tenho essa experiência que todo jogador gosta de ter. E fisicamente me sinto muito bem.
EXCESSO DE CARTÕES– É como falam, eu vim de um outro futebol onde a resenha com o juiz é válida. Sofri muito em 2016, em 2017 tentei melhorar, acho que consegui. E para 2018 já quero dar uma melhorada para não ficar com tanto cartão por reclamação.
O BOTAFOGO EM 2018 – Botafogo está pronto para disputar uma boa Copa Sul-Americana, ficando novamente entre os grandes da América, porque teremos time, estrutura, e vamos fazer um trabalho muito bom por um título, começando com o Campeonato Estadual, e depois na Sul-Americana e no Brasileiro.
Fonte: SporTV.com