A CPI dos Crimes Cibernéticos vai se estender até o ano que vem. Faltando um mês para o fim dos trabalhos, os integrantes da comissão aprovaram mais 60 dias de inquérito, a serem contados a partir de 4/12. O prazo é suspenso durante o recesso parlamentar (entre o fim de dezembro e o início de fevereiro).
“Teríamos que estar finalizando a CPI no inicio do mês de dezembro. Tendo em vista as subrelatorias e casos que foram aparecendo, e por ser um tema muito atual, a cada dia com novos assuntos e novos requerimentos vimos a necessidade de pedir mais tempo para que realmente haja um relatório que atenda o que essa CPI espera”, sustentou a presidente da comissão, Mariana Carvalho (PSDB-RO).
Como que a confirmar que a cada dia a CPI busca novas abordagens, na mesma sessão desta quinta, 5/11, foram aprovados requerimentos para convidar a atriz Taís Araújo e o meia são-paulino Michel Bastos, mais recentes vítimas de ofensas racistas na internet.
Em três meses a CPI já abordou pedofilia, fraudes, crimes contra a honra, ‘pirataria’ e tráfico internacional de pessoas como principais linhas de ação. Mas também já discutiu a segurança das urnas eletrônicas, esquemas de publicidade online e recentemente aprovou uma “visita técnica” ao espião Edward Snowden, asilado na Rússia depois das denúncias de espionagem americana.
A CPI também vai entrar no tema da criptografia, tendo para isso aprovado uma audiência para chamar novamente representantes do Whatsapp e seu dono, o Facebook. Como defendeu a presidente da comissão ao apresentar o pedido de prorrogação, os trabalhos não devem “discutir não só novas leis, mas educação e reeducação de comportamentos nas redes sociais”.
Fonte: Convergência Digital