Maria Eduarda durante acompanhamento no Ninar, que tem feito o Maranhão se destacar no Brasil na assistência em saúde. (Foto: Julyane Galvão)
“Minha bebê não levantava nem o pescoço. Hoje, da cintura para cima, ela é normal. A hidrocefalia não se desenvolveu. Tenho muito a agradecer”. O relato é da dona de casa Claudinete Santos do Patrocínio, de 36 anos, mãe da Maria Eduarda, de 1 ano e 7 meses, que nasceu com mielomeningocele e hidrocefalia. A criança faz acompanhamento no Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), equipamento da rede de cuidados de doenças neurológicas infantis da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que tem feito o Maranhão se destacar no Brasil na assistência em saúde. Em 2017, foram 30.351 atendimentos.
O Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), que funciona no Complexo Materno-Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís, promove a reabilitação dos pacientes com equipe multiprofissional em um espaço moderno e tecnologicamente estruturado.
Maria Eduarda durante acompanhamento no Ninar, que tem feito o Maranhão se destacar no Brasil na assistência em saúde. (Foto: Julyane Galvão)
Do total de consultas especializadas feitas no Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), 2.172 foram com pediatra, 1.612 com neuropediatra, 782 com geneticista, 368 com oftalmologista e 244 com cirurgião plástico, totalizando 5.178 consultas.
“O centro, assim como a Casa de Apoio Ninar, lança um atendimento resolutivo para crianças com doenças neurológicas e suas famílias. É um serviço especializado que exige atenção e sensibilidade. Com a estrutura de ponta e os profissionais dedicados, temos conseguido dar assistência para este público”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Segundo a mãe da Maria Eduarda, a luta agora é para reverter a hipotonia [diminuição do tônus muscular] da criança, trabalho que já é desenvolvido pela equipe de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
Claudinete Santos do Patrocínio recebeu o diagnóstico da filha ainda aos seis meses de gestação, junto a ele, todas as informações sobre onde e como cuidar da pequena. “Quando você recebe a notícia, você se sente perdido e não sabe a quem recorrer. Fica no escuro. Mas recebi uma aula quando vim para cá. Saí mais entendida do que eu precisava fazer”, conta.
Claudinete, o marido Eduardo e a filha Maria Eduarda, ao lado da equipe do Ninar. (Foto: Julyane Galvão)
O técnico em mecânica, Eduardo Sena Sousa, pai da criança, relata que a empresa que trabalha paga um tratamento em domicílio para ela, porém o casal não abre mão de continuar com o acompanhamento multidisciplinar do centro de referência. “Achamos o tratamento aqui muito avançado. Nos dias que precisamos vir, paramos o trabalho em casa e trazemos ela”, comenta.
Assistência em saúde
Hilmar Hortegal, diretor do Complexo Materno-Infantil Dr. Juvêncio Mattos, reforça que o centro cumpre seu papel e preenche um vazio assistencial no tratamento de doenças neurológicas infantis. “O Ninar só tem crescido desde que inaugurou. Atendemos a demanda de todo o estado e até de outros estados. O Maranhão ganhou muito com esse equipamento”, avaliou.
Entre as consultas consideradas multiprofissionais, foram feitos 25.173 atendimentos, dos quais 6.047 em fisioterapia; 5.951 em Terapia Ocupacional; 5.351 em Fonoaudiologia; 2.951 em enfermagem; 2.298 em Serviço Social; 1.324 em Psicopedagogia; e 1.251 em Psicologia. O Centro também realizou 1.224 exames de tomografia, 1.912 de audiologia e 720 eletroencefalograma (EEG).
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