Governo do Estado reforça vigilância contra a febre amarela no Maranhão. (Foto: Divulgação)
Os recentes casos de febre amarela nos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro colocaram em alerta todo o país. Mesmo sem registrar um caso há 23 anos – os dois últimos ocorreram em Amarante do Maranhão, em 1995 -, o Maranhão está localizado em uma área considerada endêmica da doença, portanto com recomendação para a vacina. Contudo, o Governo do Estado informa à população que não é preciso entrar em pânico, as ações de vigilância em todo o território são permanentes.
“Já temos a recomendação para vacinação há algum tempo. Nas décadas de 1980 e 1990 tivemos um surto, que fez o vírus circular aqui, desde então temos a recomendação. A imunização é uma ação permanente”, explica a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Graça Lírio.
Sem motivos para alarde, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) adota ações de vigilância preventivas para garantir que a doença permaneça erradicada. A principal é o reforço da imunização da população, em especial das regiões mais expostas. “Já existia um mapeamento dessas regiões, mas estamos refazendo o trabalho para atualizar essas informações”, informa.
Segundo a superintendente, áreas de mata e trabalhadores, como lavradores e madeireiros, estão mais expostos. “Estamos trabalhando com antecedência para evitar casos no estado. Estamos monitorando também as regiões onde há identificação de óbitos de macacos. Investigamos a causa e já atuamos com a vacinação da população das proximidades”, diz.
Vacinação
A principal estratégia para evitar o avanço da doença é a vacinação da população. Crianças a partir de 9 meses e adultos até 59 anos devem receber a dose imunizante em um posto de saúde. Uma única dose protege contra a doença por toda vida, sem necessidade de reforço posterior.
“Quem já vacinou alguma vez na vida não precisa procurar um posto, já está protegido. Nossa principal preocupação agora é vacinar aquelas crianças que não foram vacinadas. É um público que temos uma cobertura baixa”, destaca Graça Lírio.
Quem pretende viajar para uma área de risco da doença precisa ficar atento ao prazo para efeito do imunizante. A vacina garante imunidade de 80% a 100% após 10 dias e de 100% após 30 dias.
Crianças menores de 9 meses, pessoas com alergia grave ao ovo, com câncer ou passaram por transplante não devem receber a dose da vacina. Aqueles com deficiência no sistema imune também devem consultar um médico para orientações.
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