O DJ de reggae Manoel Santana, conhecido como Chico do Reggae no meio cultural maranhense
“Mais que cores, paredões de radiolas, variedades de exposições artísticas e culturais, o Museu do Reggae do Maranhão imprime a força da massa regueira no estado”, diz o militante da cultura regueira e diretor do Museu do Reggae do Maranhão, Ademar Danilo, que está à frente de mais um equipamento construído e inaugurado pelo Governo do Maranhão.
Com uma série de ações estratégicas, o Maranhão tem vivido uma efervescência cultural. Os investimentos resultam no resgate histórico e na valorização dos artistas, além da recuperação dos patrimônios públicos do Maranhão.
“O Governo reconhece o reggae como um elemento cultural que contribui fortemente para formação da cultura contemporânea maranhense. Reconhece que o reggae influencia na maneira de falar, de vestir, de dançar, ou seja, o reggae é parte da nossa cultura e ainda agrega o potencial turístico em nosso estado”, ressalta Ademar.
Um dos grandes pesquisadores do Reggae no Maranhão, o professor Carlos Benedito Rodrigues da Silva, o Carlão, diz que o reggae antes era excluído da sociedade: “O equipamento mostra o reconhecimento e a importância que o reggae tem na cultura do estado. O reggae em São Luís na década de 70 era visto com muito preconceito. Primeiramente por acreditarem ser uma invasão da cultura maranhense, e depois pela marginalização. Hoje se reconhece que o reggae é um elemento importante, ocupando espaços centrais, como aspecto importante para o turismo e para o social”.
O DJ de reggae Manoel Santana, conhecido como Chico do Reggae no meio cultural maranhense, relembra as constantes viagens no passado à Jamaica: “A gente nem sabia como se chamava a música jamaicana. Sabíamos que era um som internacional. Em 1976, conseguimos entender do que se tratava. Quando começamos a viajar, na década de 90, passamos a trazer discos. Trazíamos mais de 200 discos por viagens. Eu colecionei mais de 7 mil discos”, conta.
Hoje, parte desse acervo pode ser encontrado no Museu do Reggae. “Trouxe muita coisa legal para que o visitante possa ver. Isso aqui é um sonho desde a década de 90. Não adiantava a gente ter a história do reggae de forma solta. Tínhamos que ter um espaço reunindo toda essa riqueza cultural, e o Museu está cumprindo este papel”, destaca Chico do Reggae.
O Museu
O museu tem as paredes pintadas de verde, vermelho e amarelo. As tonalidades imprimem as “cores do reggae” e são rapidamente identificadas pelos seguidores do movimento rastafári, tendo cada uma o seu significado. O vermelho traz na sua representação o poder e a fé; o amarelo, a igreja e a paz; e o verde, a terra e a esperança.
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