A banda Magnólia surgiu em Florianópolis, tem sido citada como a nova aposta do rock nacional. Por sua vez, os integrantes desejam mostrar ao Brasil que o gênero musical está mais vivo do que nunca.
(Foto: Zanelli Caldas)
Confira entrevista exclusiva com Fe Machado (voz), Beto (guitarra) , Rick (guitarra e baixo) e JC (bateria):
Folha Nobre: “Magnólia” é o segundo CD da banda, o que o público pode esperar desse álbum?
Magnólia: Visceralidade e honestidade. Esse segundo álbum é bastante importante pra gente e é carregado de emoções. Foi um trabalho bastante pesado, mas temos muito orgulho do resultado final.
FN: O que estão preparando de novidade em 2018?
Magnólia: Muita coisa. Shows, clipes, novas músicas. Queremos tocar bastante e espalhar a música para o maior número de pessoas possíveis.
FN: A banda tem trazido a temática sobre sentimentos,melancolias e muita intensidade para sua música. Como é trazer essa temática ao rock, que muitas vezes é visto como “o lado rebelde do mercado”?
Magnólia: Mas a essência do rock and roll é exatamente essa, escrever sobre as coisas que lhe são próximas, que lhe despertam sentimentos, interesse e que tragam alguma reflexão. Cada vez mais nos preocupamos em construir letras que tenham algo a acrescentar no ouvinte. Conforme a banda cresce, a preocupação com a mensagem que levaremos às pessoas passa a ser uma responsabilidade cada vez maior.
(Foto: Zanelli Caldas)
“Conforme a banda cresce, a preocupação com a mensagem que levaremos às pessoas passa a ser uma responsabilidade cada vez maior”.
FN: O que motivou a banda a abordar esses temas?
Magnólia: Novamente, o que motivou a banda foi o momento pelo qual cada integrante estava passando. As letras são um reflexo direto do momento e da personalidade daquela pessoa.
FN: Como o foi o processo de composição e principais influências para esse novo trabalho?
O primeiro álbum, Fragmento (2015), contou com as composições do Felipe e Ricardo. Assim como a maioria dos primeiros “debuts” das bandas, foi um jorro de várias influências, sem muita direção ou intenção. Já no “Magnólia” (2017), os quatro membros atuais participaram da criação de todas as músicas, e, antes de entrar em estúdio para gravar, já havíamos criado as “prés” e ensaiado exaustivamente, o que resultou em um trabalho mais conciso e coeso. Acredito que evoluímos nesse quesito: coesão e direcionamento. Aos poucos, percebemos que não precisamos colocar todas as ideias e camadas em uma música, mas sim sentir o que a canção pede e ser mais cirúrgico. Acredito que as letras, com novas contribuições dos membros, estão menos abstratas e mais profundas.
(Foto: Gui Caielli)
FN:Vocês acreditam que o rock brasileiro ficou um tempo esquecido para se revigorar?
Magnólia: Essa é uma pergunta que temos recebido com frequência. Acho que o “esquecimento” enfrentado pelo rock tem ligação direta com a dificuldade de se adaptar ao novo mundo trazido pelas redes sociais. Nós frequentemente tentamos entender a melhor forma para atingir nosso público e, nesse sentido, temos aprendido muito com o formato que as bandas de pagode, sertanejo e funk interagem com seus fãs (apesar de serem gêneros totalmente não relacionados ao rock). Existem literalmente centenas de bandas de qualidade de rock no Brasil, falta apenas uma melhor estratégia para fazermos esse som chegar ao público.
“Temos aprendido muito com o formato que as bandas de pagode, sertanejo e funk interagem com seus fãs”
Confira o clipe de Entropia da banda: https://www.youtube.com/watch?v=at2x4Vf6DXg
Redação – Folha Nobre.