Carlos Eduardo Sangenetto
24/01/2018
Rio de Janeiro (RJ)
Procurei aqui: 17 de outubro. O interesse na contratação do atacante Gilberto já ultrapassou três meses, uma novela chata por um jogador que não é um primor técnico e não possui grande aceitação da torcida alvinegra. Botafogo está certo nesta insistência? Já dura mais que o BBB.
Paralelamente a isso, o que vemos no noticiário? O centroavante, semanalmente, é especulado em vários clubes do eixo Rio-São Paulo, sem contar nos supostos interesses de equipes asiáticas. Quem lembra de todos aí? Corinthians, Santos, Fluminense, Flamengo… A concorrência parece ser grande, assim como a espera. Mas a paciência por reforços é bem pequena e acaba até respingando no técnico Felipe Conceição, que tenta extrair futebol do elenco que tem em mãos.
Falando na boa? Não vale perseverar neste negócio. “Ah, mas não tem dinheiro, é o melhor custo-benefício disponível“, alguns podem dizer. Mas reflitam, se fosse uma boa aquisição, não teria deixado o São Paulo e não estaria a uma semana de fevereiro sem camisa para vestir, com todo respeito ao profissional. Isso sem contar na ausência de uma pré-temporada e na falta de entrosamento para iniciar um trabalho. Eu, como dirigente, não prosseguiria.
Gilberto aguarda melhor proposta para começar a temporada 2018 (Foto: Reprodução/SporTV)
Qual seria a solução neste caso? É, pois é, sempre complicado. Mas por que não apostar em um jogador experiente no mercado da América do Sul? Um salário de R$ 200 mil para atuar num grande centro do Brasil, como o Rio de Janeiro, e disputar a Copa Sul-Americana são atrativos para muitos por aí, podem ter certeza. Mas tem que tentar, ir atrás. Essa investida, sim, vale a pena.
Vamos, Botafogo. Em duas semanas estaremos jogando a Copa do Brasil e não temos um camisa 9. Como não ficar preocupado? A diretoria não pode deixar o filme de 2017 repetir.
Saudações alvinegras!