Os participantes da primeira turma do curso de aperfeiçoamento para instrutores regionais chegam nesta reta final do ciclo de atividades com um bom nível de evolução alcançado. Isso quem garante são os profissionais da CBF que estão em Pinheiral (RJ) ensinando a ensinar. A Comissão de Arbitragem passa as lições com o objetivo de que os alunos levem as experiências aos seus respectivos estados e que haja uma linguagem universal no Brasil.
O dia desta quinta-feira (25) no CT João Havelange começou com orientações de conduta e questionários aplicados pelos instrutores da CBF. Na sequência, o ex-árbitro e vice-diretor da ENAF, José Roberto Wright, deu uma palestra aos participantes.
No período da tarde, os instrutores regionais foram novamente ao gramado e treinaram situações de jogo com atletas de times de base locais. O ex-árbitro e instrutor da Confederação Brasileira de Futebol, Cláudio Vinícius Cerdeira, elogia o desempenho dos participantes da primeira turma do curso.
– A gente está percebendo uma evolução muito grande. Eles chegaram aqui de uma forma e, aplicando os primeiros testes, vimos as dificuldades. E agora no final da primeira turma, termos uma evolução grande e positiva dos instrutores. A arbitragem é um conjunto de elos, não é só o árbitro dentro do campo. O campo é o último nível. Antes disso, temos os treinamentos, os instrutores, e é isso que a CBF está fazendo. Além de investir nos árbitros, está cuidando agora no treinamento e aperfeiçoamento dos instrutores – destacou.
Com 27 Federações, o Brasil é conhecido por ser um país de dimensões continentais. Desta forma, não é fácil alcançar todos os estados da nação. O trabalho da CBF com o curso para instrutores regionais visa uma metodologia de trabalho que leve uma padronização ao ofício. O ex-árbitro e instrutor Manoel Serapião Filho fala sobre a meta das atividades.
– O principal objetivo é uma linguagem única e ter a oportunidade de treinar árbitros que, mesmo que sejam de estados cujo o futebol não seja bem evoluído, possam surgir como talentos e a gente consiga descobrir. O treinamento e o conhecimento é que fazem a base para um grande árbitro – acrescentou.
Adriano de Carvalho, instrutor regional do Tocantis, fez um paralelo entre o dia em que chegou para o curso e o momento atual. A evolução é tão grande que ele já fala até quais serão os temas e exercícios que desenvolverá com os árbitros de seu estado.
– A gente chega numa empolgação, expectativa muito grande, e é fantástico. O ganho intelectual, cognitivo, prático e metodológico que a gente vai carregar daqui para nossas vidas e os nossos estados é imensurável. O trabalho de campo, posicionamento, tomada de decisão, controle de área, deslocamento do árbitro… Todos são maravilhosos. E com certeza vão fazer parte do meu portfólio de atividades a serem empregadas no Tocantins – finalizou.