Aos 29 minutos do segundo tempo, o torcedor do Botafogo viu uma cena que há tempos não flagrava: uma grande jogada de Rodrigo Pimpão. O atacante, que não marca há 21 partidas, cruzou na medida para Brenner fazer de cabeça e garantir a vitória alvinegra de 2 a 1 sobre o Macaé, na última quinta-feira, pela terceira rodada da Taça Guanabara.
E ele foi apoiado pela torcida alvinegra presente. Nada de vaias, como vinha acontecendo. Para o treinador Felipe Conceição, o atacante foi bem recompensado com a assistência pelo sua importância tática.
– Ele é um jogador que tem história, é identificado com o time. Trabalha muito para a equipe. Não aparece tanto individualmente, mas para a equipe é fundamental – comentou Conceição.
Essa pequena volta por cima de Rodrigo Pimpão foi apenas uma das ‘redenções’ do Botafogo no jogo. Muito criticado pela torcida, o chileno Valencia foi outro a se destacar, também com uma boa assistência, para o gol de Arnaldo, o primeiro do jogo. O lateral-direito, aliás, fez o primeiro tento dele pelo Glorioso. O último da carreira foi há quatro anos. Isso talvez explique a comemoração com a mão na cabeça.
Intensidade
Mas as redenções não foram os únicos pontos positivos do Botafogo. Há que se destacar também a intensidade. Se nas duas outras partidas do Carioca, o Alvinegro mostrou 45 minutos de pressão e 45 de retração, diante do Macaé foram 90 incomodando a defesa rival. Mas, aos olhos do treinador Felipe Conceição, o time ainda está longe do ideal físico.
– A gente precisa de um tempo maior até que tenha uma constância maior nos 90 minutos. Isso foi muito bom. Mesmo jogando quarta e domingo, você não tem tempo de treinar, mas o jogo dá essa prática – opinou Felipe.
Renatinho e Kanu: opostos
A vitória de 2 a 1 marcou a estreia de dois jogadores pelo Botafogo: Renatinho, meia, reforço vindo do Paraná, e Kanu, zagueiro promovido das categorias de base. O primeiro mostrou serviço, fez boas jogadas individuais e deu um lençol. Tudo isso com menos de dez minutos em campo. Outro que entrou bem, mas não era estreante foi Ezequiel, que partiu para cima da marcação mesmo jogando como um ‘falso 9.’
Em contrapartida, Kanu, que entrou no lugar de Marcelo, falhou no gol do Macaé, mas verdade seja dita. Ele teve que se desdobrar na marcação logo no primeiro lance em campo. Isso porque Arnaldo estava caído em campo na hora do tento do Alvianil e até precisou ser substituído. Fora isso, porém, teve uma atuação segura.
Segurança, por sinal, foi o que a defesa botafoguense mostrou mais uma vez. Se não fosse o gol onde Arnaldo estava machucado, o Botafogo encaixaria três partidas consecutivas sem ser vazado, todas com Marcelo e Igor Rabello.
Fonte: Terra