Paraquedas Aguirre deve ser aproveitado pela diretoria do Botafogo (Foto: Reprodução/Internet)
Carlos Eduardo Sangenetto
30/01/2018
Rio de Janeiro (RJ)
O presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, declarou à Rádio Brasil na última segunda-feira que está “avaliando o orçamento” para ver se consegue contratar junto à Udinese o atacante Rodrigo Aguirre por empréstimo. O clube precisa avaliar financeiramente sua situação antes de qualquer transação, sem dúvida, mas deve também levar em consideração outros pontos que podem ser interessantes neste negócio.
O primeiro deles é a parte técnica. Uma das maiores deficiências do Botafogo em 2017 foi justamente o setor ofensivo. Quando o mais otimista torcedor ou dirigente pensou que iria começar o ano com um atacante promissor, após uma grande temporada pelo Nacional-URU, pedindo para vestir a camisa do Fogão? Ninguém, certamente. O Alvinegro, fragilizado no mercado, precisou procurar alternativas econômicas para se reforçar. Aguirre é um camisa 9 com presença na grande área e bom finalizador, quem dispensa?
Se a possibilidade de contar com um atacante com essas características era inesperado, o que dizer do ânimo da torcida em torno disso? Desolados sem a vaga na Libertadores-2018 em dezembro, os botafoguenses dão sinais parciais de recuperação da autoestima ferida. Começar e terminar a escalação com Jefferson e Rodrigo Aguirre, respectivamente, pode ser a referência que o torcedor precisa para voltar às arquibancadas para apoiar o time.
Rodrigo Aguirre pode reforçar o Botafogo na temporada 2018 (Foto: Divulgação/Nacional-URU)
Por último e, nem de longe, menos importante, a contratação do centroavante seria uma grande oportunidade de marketing que cairia de paraquedas em General Severiano. Jogadores uruguaios sempre tiveram fácil identificação e simpatia dos alvinegros, podemos citar recentemente os casos do goleiro Castillo e do camisa 13 Loco Abreu. Tirando a nacionalidade, Aguirre tem estatura semelhante ao ídolo Loco, é canhoto e artilheiro e, o mais legal até aqui, ainda trocou gentilezas nas redes sociais antes mesmo da assinatura do contrato. Está aí uma ótima chance de converter tudo isso em receitas.
A Udinese cobra aproximadamente R$ 1,5 milhão para ceder o jogador. Mas o Botafogo pode minimizar o gasto com gols, estádio mais cheio e camisas vendidas.
Vale a pena ou não? Pense direitinho, Nelson.
Saudações alvinegras!