A Ceia do Senhor deveria ser considerada como uma recordação solene e preciosa de Cristo, não como um “meio de graça” para levantar o nosso saturado espírito e afastar o nosso cansaço.
Quando chegamos com essa visão, então temos Cristo em vista como um meio para um fim e não como o fim em si mesmo.
O mal neste estado de coisas é o fato de Cristo não estar diante de nossa alma, mas antes a nossa necessidade na qual ele é o canal de provisão.
Naturalmente, há uma medida de verdade nesta visão da Ceia do Senhor ? será que podemos vir a ele sem achar refrigério? Mas, as suas palavras, “fazei isto em memória de mim”, não tem um significado mais profundo que simplesmente faça “isto para o reestabelecimento de sua força”? Não é a lembrança de Cristo algo para ser muito mais e diferente de meramente o que podemos obter dela?
Devemos observar que é a presença do Cordeiro que era sacrificado que provoca a adoração dos anciãos, eles que são a figura dos santos glorificados em Apocalipse 5.
adoração deles não é premeditada ou arranjada de antemão, mas é um derramar-se de seus corações que não pode ser contido, que ocorre na presença daquele que os redimiu para Deus pelo seu sangue.
Ao olharmos de volta para o Cordeiro sacrificado, é claro que olhamos do outro lado da ressurreição, mas a visão de Alguém que nos amou e entregou-Se por nós inspirará uma resposta espontânea de adoração de nossos corações. Celebramos morte, mas morte passada, morte que é vista ser a consequência de um amor vivo, inexaurível, inesgotável, insondável, incomensurável.
Fonte: Apaz.com.br