Petroleiros voltaram a protestar na manhã desta sexta-feira, no 13º dia de greve da categoria. A manifestou ocupou parte da BR-381, altura do km 485, no sentido Belo Horizonte-São Paulo, até o acesso à Refinaria Gabriel Passos (Regap), que pertence à Petrobras, em Betim. O trecho entre a refinaria e a Praça da Cemig, em Contagem, ficou bastante congestionado. Segundo o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG), a produção de gás já foi afetada em 1.500 metros cúbicos por dia. Em todo país, segundo a estatal, houve redução em mais de 700 mil barris de óleo por conta da mobilização dos trabalhadores. No entanto, o mercado ainda não corre o risco de desabastecimento, segundo as partes.
Os petroleiros protestam contra o plano de venda de ativos da estatal, de mais de US$ 15 bilhões até 2016, além da retomada dos investimentos da Petrobras, o fim das demissões e a garantia de benefícios. A greve foi iniciada no dia 29 de outubro pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne cinco sindicatos, incluindo o da Bacia de Campos. A orientação do sindicato continua sendo para os trabalhadores permanecerem mobilizados em todas as bases.
Nesta quarta-feira, a Petrobras convocou a FUP e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) para negociar as reivindicações da greve. À FUP, a empresa apresentou uma contraproposta aos principais itens da pauta da categoria, contrária à venda de ativos. A estatal também teria se posicionado sobre os desinvestimentos, mas ainda não há detalhes da proposta. Ambas as federações informaram que ainda estão estudando os termos propostos pela Petrobras para, então, emitir um parecer sobre a continuidade do movimente.
A primeira proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), apresentada em setembro, previa um reajuste de 5,73%. A empresa também propunha não rever os valores pagos para benefícios de alimentação e outros adicionais. No mês seguinte, a companhia propôs novo porcentual, de 8,11%. O valor da nova oferta apresentada hoje é equivalente à inflação acumulada em 12 meses, segundo os sindicatos.
Fonte: Estado de Minas