Reunidos em nova assembleia, como deliberado no último sábado (14/11), os trabalhadores da REDUC, TECAM e da UTE-GLB aprovaram hoje (16/11) a proposta de Acordo Coletivo apresentado pela Petrobrás e suspenderam a greve dos petroleiros em Caxias, mantendo, porém, o estado de greve, como indicado pelo sindicato.
Com grande participação da categoria, a votação teve o seguinte resultado: 424 votos a favor da proposta de ACT, 171 votos contra a proposta e 7 abstenções.
A maioria dos presentes acatou o indicativo da FUP e do sindicato, entendo que a negociação com a empresa havia se esgotado e que a proposta acertada entre FUP e Petrobras, após diversas mesas de negociação na semana passada, garantia à categoria importantes conquistas.
Para Simão Zanardi, presidente do Sindipetro Caxias, o resultado da assembleia reafirma a confiança da maioria dos trabalhadores na direção da FUP e do sindicato, e selou a luta travada em 16 dias de greve da categoria.
Conquistas dos 13 dias da histórica greve da categoria petroleira:
#Isonomia para trabalhadores da Fafen-PR – a Petrobrás propõe implementar até 31 de janeiro de 2016 o pagamento do ATS para os trabalhadores da Fafen-PR, nos mesmos moldes praticados no Sistema, bem como o pagamento da defasagem de 3% em relação à RMNR, retroativo a primeiro de setembro, e a implantação parcial do PCAC.Dias parados – a Petrobrás garante a compensação de metade dos dias parados e propõe o desconto do restante, sem reflexos para o trabalhador. A empresa também se compromete a discutir com a FUP e com os sindicatos eventuais sanções a excessos, nos mesmos moldes do que ocorreu na greve de 2013, quando garantimos que nenhum trabalhador fosse punido.
#GT discutirá alternativas para o PNG – as propostas elencadas na Pauta pelo Brasil para garantir a retomada dos investimentos e a preservação dos ativos da Petrobrás serão analisadas em um grupo de trabalho técnico e paritário, formado por representantes da empresa e da FUP, que terá 60 dias para elaborar um relatório que será encaminhado à direção da companhia e ao governo federal. O trabalho será baseado em estudos feitos pelo Grupo de Economia da Energia da UFRJ e pelo Grupo Interministerial, que analisaram os principais impactos já causados pela retração do setor petróleo. Esses estudos apontam que, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no país, o efeito negativo sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões.
#Fortalecimento do Sistema Petrobrás – pela primeira vez, teremos a chance de disputar os rumos do plano de negócios da Petrobrás, propondo alternativas para o endividamento que levem em conta os impactos da redução dos investimentos no PIB, na geração de empregos, na balança comercial do setor e na arrecadação de royalties. Essa conquista será decisiva na luta para manter a integração do Sistema Petrobrás, preservando a Transpetro e demais subsidiárias. A greve reafirmou que o maior acionista da Petrobrás é o povo brasileiro e não o mercado.
#Nenhum direito a menos – outra vitória da greve é a manutenção das conquistas dos últimos 13 anos, que a categoria consolidou no atual Acordo Coletivo. As propostas iniciais da Petrobrás eram de redução de direitos e de salários. Através da luta, garantimos o atendimento do item 13 da Pauta pelo Brasil, onde a FUP e os seus sindicatos deixaram claro que não aceitariam retrocesso nos direitos adquiridos pela categoria. Soma-se a isso, o restabelecimento da mesa de negociação integrada, que trouxe de volta as subsidiárias e o RH
Fonte: Assessoria