O deputado Léo Moraes (PTB), é proponente da audiência pública que será realizada no próximo dia 30 de novembro, na Assembleia Legislativa de Rondônia , às 15h. Na pauta, o debate sobre as veiculações nos meios de comunicações sobre a possibilidade de rompimento das barragens das Usinas do Madeira.
O parlamentar disse ter ficado preocupado com as informações repassadas no último dia 6 de novembro, durante a audiência pública em Manaus, que debateu sobre os impactos ambientais advindos da instalação das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.
Na audiência, proposta pelo de deputado estadual Dermilson Chagas (PDT-AM), o doutor em biologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside destacou que a falta de uma avaliação séria antes da obra, colocou as barragens sob risco de rompimento.
O pesquisador explicou que os estudos para a construção das hidrelétricas previam apenas as cheias anteriores e não levaram em consideração as mudanças climáticas previstas para o futuro.
Segundo Fearnside, a previsão de mudanças climáticas é de que haverá mais enchentes grandes. O problema, disse, é que as usinas foram desenhas nas enchentes passadas. Na de 2014, chegoui no limite.
Dessa forma, existe o risco de que, provavelmente, elas não suportem e se rompam podendo haver tragédia em Porto Velho.
“O vertedouro das usinas não tem capacidade para grande enchentes no futuro”, afirmou Philip Fearnside.
Léo Moraes pediu com urgência a realização da audiência pública para cobrar dos consórcios responsáveis, explicações e ao mesmo tempo solicitar medidas urgentes que tentem minimizar os prejuízos de ordem social, ambiental e econômica que os municípios da calha do Madeira já estão sofrendo.
“O assunto é sério, urgente e temos que nos assegurar da real situação das usinas, pois a população precisa saber da verdade. Estou vigilante!”, garantiu Léo Moraes.