Referência em cirurgias oncológicas de urgência, o Hospital Regional de Cáceres “Dr. Antônio Fontes” duplicou o número desses procedimentos nos últimos três meses. Enquanto que em novembro de 2017 foram realizadas 13 cirurgias, o mês de janeiro fechou com 62, um crescimento de 376%. Outra evolução relevante foi em relação as quimioterapias que, no mesmo período, aumentou 495%, passando de 48 para 286 procedimentos.
Desde que a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) reassumiu a gestão, em 1º de outubro do ano passado, o hospital vem passando por um processo de retorno à sua vocação que são os atendimentos de urgência e emergência, perfil exclusivo dos hospitais regionais públicos de Mato Grosso.
Esse ajuste vem permitindo que o Hospital Regional de Cáceres, de acordo com o diretor técnico Hernandez Coutinho, realize um número maior de cirurgias oncológicas de urgência e emergência.
“Tivemos uma pequena oscilação, inicialmente, por conta da mudança de gestão, mas que foi contornada e rapidamente conseguimos retomar e duplicar a quantidade de cirurgias”, conta o médico.
As consultas de triagem no ambulatório de oncologia também registraram um aumento. Foram 390 em novembro de 2017 e 426 em janeiro de 2018.
Maria Gelsa Gonzaga, de 57 anos, dona de casa, residente em Pontes e Lacerda, passou por consulta e os exames revelaram necessidade de cirurgia para retirada de um hematoma no seio. Ela já havia passado por uma intervenção anteriormente. “Graças a Deus a cirurgia foi marcada rapidamente. Fui muito bem tratada aqui, tanto pelos médicos quanto pela equipe de enfermagem”.
A aposentada Maria de Lourdes Felismina, 66, deixou o hospital comemorando o sucesso da cirurgia. Ela contou que fez a primeira intervenção na mama há 17 anos, mas que o problema voltou no ano passado
“Assim que descobri já comecei a fazer os exames e logo a cirurgia foi marcada”, disse a paciente. Maria passou por um processo de mastectomia.
O Hospital Regional de Cáceres é referência para 24 municípios das regiões Oeste e Sudoeste, inclusive para moradores de San Matias e San Ignácio de Velasco, na Bolívia, e atende a uma população estimada em 400 mil pessoas.